O secretário estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, Átila Nunes, recebeu hoje (4) o aval do governador Luiz Fernando Pezão para dar seguimento ao processo de estruturação e criação da Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em conjunto com a Polícia Civil. “O governador autorizou e, agora, a gente vai fazer um trabalho junto com a Polícia Civil para que a delegacia seja criada nos próximos dois meses”.
Átila Nunes destacou a gravidade dos casos de intolerância no estado do Rio de Janeiro. “O que a gente vem percebendo é a profundidade desses casos. São casos, inclusive, como foi o da Casa do Mago, que passam a ser quase uma tentativa de homicídio.” Na última segunda-feira (31), houve uma tentativa de incêndio na Casa do Mago, tradicional centro espiritual localizado no Humaitá, zona sul da capital fluminense. Na quarta-feira (2), criminosos jogaram uma bomba no local.
A transexual Amanda Castro relatou ter sido vítima de agressão transfóbica, no último dia 26. No caso de pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), Átila Nunes salientou que são muitos os casos de agressão séria que “podem, inclusive, levar a óbito a vítima”.
Ontem (3), ganhou repercussão o caso do refugiado sírio Mohamed Ali, que trabalha como vendedor ambulante em Copacabana e foi vítima de intolerância. “Foi agredido de forma não só verbal, mas ameaçado fisicamente”, observou o secretário que vê, nesse caso, até uma agressão psicológica.
Resultados positivos
Nunes acredita que a criação da Decradi trará dois resultados positivos. O primeiro é que, com uma delegacia especializada, haverá profissionais preparados para atender os casos de crimes de ódio como um todo. “Já traz uma qualificação que ajuda muito na apuração desses casos.”
A criação da delegacia também será importante porque a vítima de intolerância poderá ter certeza de que vai encontrar um ambiente muito mais acolhedor para fazer o registro. “Eu considero, inclusive, que a criação dessa delegacia é um divisor de águas, como foram as delegacias especializadas no atendimento às mulheres”, disse o secretário.
Na semana que vem, Átila Nunes pretende se reunir com o chefe da Polícia Civil, Carlos Augusto Leba, para proceder à operacionalização da delegacia. Nunes considera que, para a secretaria, vai ser um “ganho gigantesco”, porque um dos trabalhos do órgão é encaminhar as vítimas de crimes raciais e intolerância religiosa para as delegacias para efetivar o registro. Com a Decradi, o encaminhamento será feito de forma mais prática, segundo ele.
De acordo com dados do serviço Disque 100, foram registradas 79 denúncias de crimes de intolerância religiosa no Rio de Janeiro em 2016, aumento de 119% em comparação ao ano anterior.
A Secretaria de Direitos Humanos oferece assistência psicológica, social e jurídica às vítimas de intolerância religiosa no Rio de Janeiro. Denúncias podem ser feitas à Superintendência de Igualdade Racial e Diversidade Religiosa pelo telefone (21) 2334-5540.
Átila Nunes destacou a gravidade dos casos de intolerância no estado do Rio de Janeiro. “O que a gente vem percebendo é a profundidade desses casos. São casos, inclusive, como foi o da Casa do Mago, que passam a ser quase uma tentativa de homicídio.” Na última segunda-feira (31), houve uma tentativa de incêndio na Casa do Mago, tradicional centro espiritual localizado no Humaitá, zona sul da capital fluminense. Na quarta-feira (2), criminosos jogaram uma bomba no local.
A transexual Amanda Castro relatou ter sido vítima de agressão transfóbica, no último dia 26. No caso de pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), Átila Nunes salientou que são muitos os casos de agressão séria que “podem, inclusive, levar a óbito a vítima”.
Ontem (3), ganhou repercussão o caso do refugiado sírio Mohamed Ali, que trabalha como vendedor ambulante em Copacabana e foi vítima de intolerância. “Foi agredido de forma não só verbal, mas ameaçado fisicamente”, observou o secretário que vê, nesse caso, até uma agressão psicológica.
Resultados positivos
Nunes acredita que a criação da Decradi trará dois resultados positivos. O primeiro é que, com uma delegacia especializada, haverá profissionais preparados para atender os casos de crimes de ódio como um todo. “Já traz uma qualificação que ajuda muito na apuração desses casos.”
A criação da delegacia também será importante porque a vítima de intolerância poderá ter certeza de que vai encontrar um ambiente muito mais acolhedor para fazer o registro. “Eu considero, inclusive, que a criação dessa delegacia é um divisor de águas, como foram as delegacias especializadas no atendimento às mulheres”, disse o secretário.
Na semana que vem, Átila Nunes pretende se reunir com o chefe da Polícia Civil, Carlos Augusto Leba, para proceder à operacionalização da delegacia. Nunes considera que, para a secretaria, vai ser um “ganho gigantesco”, porque um dos trabalhos do órgão é encaminhar as vítimas de crimes raciais e intolerância religiosa para as delegacias para efetivar o registro. Com a Decradi, o encaminhamento será feito de forma mais prática, segundo ele.
De acordo com dados do serviço Disque 100, foram registradas 79 denúncias de crimes de intolerância religiosa no Rio de Janeiro em 2016, aumento de 119% em comparação ao ano anterior.
A Secretaria de Direitos Humanos oferece assistência psicológica, social e jurídica às vítimas de intolerância religiosa no Rio de Janeiro. Denúncias podem ser feitas à Superintendência de Igualdade Racial e Diversidade Religiosa pelo telefone (21) 2334-5540.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
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