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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Juventude paraense realiza encontro para organizar lutas por direitos

Entre os dias 28 a 31 de janeiro, cerca de 500 jovens de diversos movimentos sociais participam do ‘Encontro Popular da Juventude do Campo e da Cidade’, que será realizado na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém do Pará.

A atividade tem o objetivo de organizar uma ampla frente de juventude de luta por direitos.

Segundo a coordenação do evento, a ideia do encontro surgiu da vontade de construir um espaço de convergências e trocas de experiências, com a finalidade de fortalecer as lutas sociais e resgatar a memória da revolução da Cabanagem, uma revolução popular da Amazônia que aconteceu entre os anos de 1835 e 1840.

O evento contará com mesas redondas de formação política com o tema Juventude, Cultura e Revolução, atualidade da Cabanagem e os desafios da Juventude, além de painéis de diversos movimentos de juventude, oficinas de arte, cultura, comunicação e programação cultural, que celebrará as diversas formas de resistências junto à poesia, Carimbó, Reggae, Rock, Hip Hop.

Também serão realizados atos públicos pelos direitos da juventude e para celebrar os “180 anos da Cabanagem". Clique aqui para saber mais sobre o evento.

Fonte: MST

Comitê convida para reunião


Comitê Inter-religioso do Pará convida para reunião.
Dia 31 de janeiro, às 9h30, na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Belém.
Av. Visconde de Inhaúma, 1557, próximo à Av. Lomas Valentinas. Pedreira. Belém/PA.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade

O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis
Juliana Steck
Celebração no Rio de Janeiro pede respeito à liberdade religiosa, em 21 de janeiro, com presença de adeptos de diversas tradições de fé
A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas ou a quem não segue uma religião. É um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.

Ato lembra combate à intolerância religiosa

Ato lembra combate à intolerância religiosa (Foto: Reprodução Comitê Interreligioso)
Ato de Combate à Intolerância Religiosa foi realizado na manhã deste domingo (25) na Praça da República (Foto: Reprodução Comitê Interreligioso)

Um ato contra a intolerância religiosa foi realizado na manhã deste domingo (25) na Praça da República e reuniu mais de 150 pessoas de diversas religiões. O evento celebrou o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (comemorado no dia 21 de janeiro) quis chamar a atenção para a importância do diálogo de paz entre as religiões. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Pará registra seu 6º ato contra a intolerância religiosa.

Ato Contra a Intolerância Religiosa promovido pelo Comitê Inter-religioso do Pará, neste domingo (25 de janeiro), reuniu pessoas de diferentes religiões/crenças, atuando por uma cultura de paz. No início foi lembrado que a lei nº 11.635/2007 transformou o dia 21 de janeiro no Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data presta homenagem à Iyalorixá (sacerdotisa afro-religiosa, também chamada de Mãe de Santo) Gildásia dos Santos e Santos, ou Mãe Gilda, como era carinhosamente conhecida
O ato também contou com movimentos organizados que vem denunciando o "extermínio da juventude negra" no Brasil. O ato ampliou seu raio, pois, além de defender o direito à liberdade religiosa, pautou seus discursos contra o racismo, o machismo e a homofobia. Não faltaram também discursos e reflexões sobre os recentes atentados terroristas em Paris e a preocupante ascensão da violência motivada por religião no mundo.
Por fim, foi lida uma nota de repúdio elaborada pelo Comitê Inter-religioso que condena os ataques terroristas na França e Nigéria (veja abaixo).


O Comitê Inter-religioso do Pará repudia os ataques terroristas na França e na Nigéria.

Nada justifica o uso de violência extrema contra um jornal resultando em várias mortes. Combater desenhos com fuzis é desproporcional e desumano.
Na verdade, o Charlie Hebdo faz charges virulentas contra todos (cristãos, judeus, muçulmanos, direita e esquerda francesa).
Alguns dizem que os cartunistas receberam o que mereciam, outros que toda ação gera uma reação. Outros dizem que os desenhistas eram intolerantes, racistas e preconceituosos. Nada disso justificar matar em nome de Alá ou Maomé ou de qualquer outra religião ou espiritualidade.
Condenamos também os ataques feitos pelo grupo Boko Haram na Nigéria. Na cidade de Maiduguri, vinte pessoas morreram com a explosão de uma menina-bomba e na cidade de Baga totalmente destruída após ataque, a estimativa é de 2 mil mortos (crianças, mulheres, homens e idosos). Tanta carnificina em nome de um ideal político e religioso.
Novamente dizemos: Nada justifica o uso de violência extrema resultando em várias mortes na França e na Nigéria. Por isso, o Comitê Inter-religioso do Pará repudia estes ataques!
Reflita e imagine por um instante, que se todos que sofreram intolerância de qualquer tipo, preconceito, machismo, racismo, homofobia, resolvesse responder a violência sofrida com violência, atacando e matando seus ofensores. Será que sobraria algum ser humano vivo neste planeta?
“Toda religião praticada segundo o espírito que a inspira tem por objetivo a felicidade dos seres e deve ser um fator de paz” - Dalai Lama
Religião vem de religare, religação do homem com o Divino que resulta em serviço ao Ser Divino. Este serviço é feito com amor, paz, compreensão e respeito buscando entender que vivemos em uma sociedade plural com diversas manifestações religiosidades e de ideias.
“Não existe um caminho para a Paz, a Paz é o caminho” – Gandhi

Coordenação do Comitê Inter-religioso

Conheça aqui a Lei Contra a Intolerância Religiosa - Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007.
Saiba mais!!!  Por que 21 de janeiro é Dia do combate à intolerância religiosa?


Islamofobia no Brasil: muçulmanas são agredidas com cuspidas e pedradas

Ataques de grupos extremistas pelo mundo despertam onda anti-islã nas ruas do País; leia os relatos das vítimas

A recente chacina na sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris, transformou, para muito pior, a vida de brasileiras muçulmanas. Religiosas de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso sofreram violências de diferentes níveis - foram apedrejadas, cuspidas, ignoradas no transporte público e alvos de piadas maldosas nas ruas -, nos dias seguintes ao ataque em uma onda de islamofobia que se opõe frontalmente à imagem brasileira de país multireligioso e pacífico.

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Combate à intolerância religiosa, compromisso de todos e todas!!!

21 de janeiro: Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Vemos nestas últimas semanas um mundo incendiado por manifestações de ódio e fanatismo baseados na defesa de religião. Os atentados terroristas promovidos por seguidores de correntes radicais do islamismo à revista francesa Charlie Hebdo corromperam a justa indignação coletiva provocada por suas charges ofensivas .
Em janeiro de 2012, muitos ficaram surpresos com o artigo do renomado escritor Luis Fernando Veríssimo publicado nos grandes jornais do país. Pois ele usou mais da metade de seu espaço semanal para pedir desculpas aos seguidores da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecidos popularmente como mórmons.
A louvável atitude de Veríssimo foi uma resposta aos diversos leitores que o corrigiram sobre as práticas daquela religião. É que na semana anterior ele escrevera em tom sarcástico que caso Mitt Romney, seguidor da Igreja Mórmon e concorrente de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, vencesse as eleições, os americanos experimentariam a novidade de observarem três ou quatro primeiras-damas transitando na Casa Branca. Não sabia Veríssimo, que a prática da poligamia foi descontinuada por esta Igreja há mais de um século e, segundo as suas “Regras de Fé”, o membro que adota “casamento plural” é “excomungado”.
Veríssimo ao se redimir publicamente reconhece sua ignorância no assunto e diz “meu erro de mais de cem anos foi imperdoável, mas peço perdão assim mesmo. Não se repetirá. Gravarei com brasa na testa, para nunca mais esquecer: informe-se antes de dar palpite”.
Infelizmente, nem todos os casos de pessoas e instituições agredidas por questões religiosas terminam desta forma exemplar. Recentemente o apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, foi obrigado pelo Ministério Público Federal a se retratar por ter dito, no auge de seu furor “jornalístico” ao relatar mais um caso de violência, que aquela atrocidade só poderia ter sido cometida por um “ateu”, “uma pessoa sem Deus no coração”. Desta forma, rotulou as pessoas que optam por não seguir crenças e instituições religiosas como as mais inclinadas ao mal, à crueldade, ferindo a liberdade de consciência e de crença no Brasil.
Ainda constatarmos em nossa sociedade a existência da intolerância religiosa, quando pessoas e instituições agem com violência e desrespeito com quem tem prática de fé “diferente”. O fato da formação colonial do Brasil ter sido baseada num cristianismo imposto, que se tornou a “religião da maioria”, contribui muitas vezes para uma perspectiva de "demonização", marginalização e perseguição das religiões “não-cristãs”, destacando-se às de matrizes africanas.
Outro cenário preocupante é o de disputa “mercadológica” entre igrejas, que tratam seus fiéis enquanto “clientes”. Por outro lado, estes fiéis buscam o “consumo” de milagres, curas e conforto efêmero para as angustias do dia a dia, uma popularização da autoajuda com retoques de linguagem e simbologia sacra. Esta relação utilitarista da religião estimula a concorrência, o individualismo, o que intimida qualquer iniciativa de diálogo ou ação conjunta para o bem público, reduzindo a ação religiosa para estratégias de "recrutamento" de massas, "fidelização" e ampliação do poderio político-econômico de lideranças encasteladas.
Também é preciso citar as perversidades da violência “intra-religiosa”, quando fiéis são perseguidos dentro de sua igreja/religião por líderes que anseiam por mais poder e autoridade para exercício de seu mandato/"sacerdócio", visando mantê-lo por fatores econômicos (aquisição de mais bens, conforto, status, etc.) e ideológicos (imposição de projeto de futuro para a instituição, projeção político-partidária, interpretação mais verdadeira da revelação).
Quando esses casos vêm à tona, ocupando espaço na grande imprensa, a sociedade tem a oportunidade de refletir sobre o papel das religiões e as religiões sobre sua responsabilidade com a sociedade. Estes acontecimentos desestruturam o “mandamento” social que diz que “religião (futebol e política) não se discute”. Argumento que sempre empurrou para baixo do tapete cotidiano às inúmeras ocorrências de violências motivadas por fé, religião ou crença.
Assim também veio à tona o caso da sacerdotisa Gildásia dos Santos e Santos, Ialorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador/BA, carinhosamente conhecida como Mãe Gilda. Em 1999 ela teve uma foto sua usada de forma depreciativa pelo periódico Folha Universal da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Depois de ter seu terreiro invadido e depredado e idas e vindas aos Tribunais em busca de justiça pelas ofensas que sofreu, Mãe Gilda teve sua saúde fragilizada e faleceu por complicações cardíacas no dia 21 de janeiro de 2000. Somente em 2009 saiu o resultado da ação na Justiça, sendo a IURD condenada a indenizar os familiares da sacerdotisa.
O Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, comemorado no dia 21 de janeiro, oficializado pela Lei nº Lei 11.645, em 2007, é uma homenagem à Mãe Gilda e um sinal de que a luta contra a intolerância religiosa merece ser divulgada e ampliada para toda a sociedade. A religião que na virada do século passado esteve condenada à indiferença, revigora-se no século XXI enquanto pano de fundo de tensões e conflitos e, ao mesmo tempo, plataforma possível de encontros e diálogos.
A dimensão pública da relação com o sagrado e o pluralismo religioso estão presentes na TV, na escola, no trabalho e já é comum encontrarmos nas casas pessoas da mesma família convivendo com variadas pertenças religiosas. Eis o mundo estilhaçado que nos apresenta o antropólogo Clifford Geertz, com sua fragmentação pós-moderna. Logo, precisamos consolidar, avançar, refazer o conceito da diversidade religiosa enquanto coexistência de religiões, espiritualidades e até mesmo não-crenças numa relação social de reconhecimento do direito, do valor e da legitimidade das diferentes manifestações e experiências. Caso contrário, correremos o risco de viver numa sociedade na qual a ameaça mora ao lado ou consigo, agarrado aos estilhaços e vociferando conter em suas mãos toda a verdade.
Apresentamos como valiosa e merecedora de estudos a experiência do Comitê Inter-religioso do Pará que há mais de seis anos vem reunindo mais de vinte entidades (religiosas, políticas, acadêmicas, etc.) em cooperação, atuando em apoio aos movimentos sociais, elaborando subsídios para organizações populares e promovendo visitas e celebrações inter-religiosas.
A vivência de aprendizado mútuo entre pessoas de religiões diferentes, como no Comitê Inter-religioso do Pará, buscando pontos de encontro e de ação conjunta em torno das infinitas formas de manifestação do “Sagrado”, do “Misterioso”, do “Inefável”, faz lembrar as palavras do escritor uruguaio Eduardo Galeano ao narrar a primeira vez que uma criança viu o mar. Após subir cansativas dunas de areia, a criança olha lá de cima o mar com toda aquela imensidão, fulgor e beleza. O deslumbramento é tanto diante daquela maravilha surpreendente que quando finalmente consegue falar, ainda tremendo, gaguejando, só consegue pedir a quem está no seu lado “amigo/a, me ajuda olhar!”.

Texto: Profa. Giovana Ferreira, cientista da religião; e Prof. Tony Vilhena, cientista social. Para o Instituto Ramagem.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

CAMPANHA MUNDURUKU

O governo brasileiro está planejando construir um grande número de barragens hidrelétricas nos rios da Amazônia, destruindo a biodiversidade e interrompendo o modo de vida de milhares de indígenas e outras populações locais. Agora que as obras da gigante barragem de Belo Monte, no rio Xingu, estão a todo vapor, o governo está avançando com o seu próximo grande projeto – uma série de barragens no rio Tapajós.
 
 

Igreja da Amazônia: juventude precisa ‘beber’ da Teologia da Libertação

Uma das principais prioridades para a Igreja Amazônica, a juventude encontra na região uma vivência mística única. "A Pastoral da Juventude (PJ) da Amazônia vive na mística da casa, do cuidado, da partilha, de saber que Cristo vive no outro”, explicou Thiesco Crisóstomo, integrante da PJ da Diocese de Marabá (PA), durante a mesa de debate "PJ Latino-americana e a Igreja da Amazônia – inspirações para a juventude”, ocorrido na tarde desta segunda-feira, 19 de janeiro, no 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude em Manaus (Estado do Amazonas).
Divulgação

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Especialização Educação em Direitos Humanos na UFPA

A Coordenação do Curso de Especialização Educação em Direitos Humanos e Diversidade (EDHDI) da Universidade Federal do Pará (UFPA), no uso de suas atribuições legais, torna público o Calendário de Matrícula para o referido Curso nos municípios de Abaetetuba, Belém e Breves.

Mais informações acesse o Edital nº 03/2014.

6º ATO DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA EM BELÉM



6º ATO DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA EM BELÉM
25 de janeiro de 2015
9h30
Praça da República
Belém/PA

Cine Inter-Religioso em Belém

ATÉ OXALÁ VAI À GUERRA ? UMA HISTORIA DE RACISMO E INTOLERÂNCIA RELIGIOSA / Doc / 40 min. / 2008 / português Direção de Carlos Pronzato e Stefano Barbi-Cinti.


As ações violentas executadas pela Prefeitura de Salvador através da demolição do Terreiro Oyá Onipo Neto conduzido por Mãe Rosa da Avenida Jorge Amado, surpreenderam negativamente por configurar um ato de intolerância Religiosa.