e penso em ti, minha mãe.
Minhas botas estão sujas
pelos dias com meus companheiros,
mas meu coração está limpo
e sereno
e nutro grandes esperanças. Sou todo combate.
(Poema de Paulinho Fonteles para sua mãe, em agosto de 2009)
Mametu Nangetu, Pr. Toninho, Rev. Marcos Barros, Alcidema Coelho e Pe. Bruno Sechi |
Paulo Fonteles Filho nasceu na prisão. Sua mãe Hecilda Veiga havia sido presa no quinto mês de gestação por lutar pela democracia. Seu pai Paulo Fonteles também foi preso no mesmo período e pelo mesmo motivo.
Aos quinze anos, em 1987, Paulinho perdeu seu pai assassinado por pistoleiros. Pois, como deputado estadual e advogado atuante nas causas de trabalhadores rurais, incomodava os interesses do latifúndio e das elites do estado.
Dramas estes que o lapidaram como um militante incansável.
Foi liderança estudantil e vereador de Belém por dois mandatos, pelo PCdoB. Atuava na Comissão da Verdade do Pará e presidia o instituto Paulo Fonteles de Direitos Humanos, numa luta incansável na disseminação dos valores democráticos, o que lhe rendia várias ameaças de morte.
Como se autodefine no poema para sua mãe Hecilda, professora da UFPA, era "todo combate".
Até na sua despedida Paulinho Fonteles fez o que mais gostava: juntar o povo, lutadores e lutadoras pela igualdade e justiça. Como vemos na foto, onde representações religiosas preparam ato inter-religioso no salão da Assembleia Legislativa do Pará.
Por Tony Vilhena
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