domingo, 19 de fevereiro de 2023

Professora Giovana Ferreira-Vilhena apresenta pesquisa sobre religião e gênero


No XI Seminário de Integração Científica (SIC) da Universidade do Estado do Pará (UEPA), em 14/02/23, a professora Giovana dos Anjos Ferreira Vilhena expôs sua pesquisa de mestrado que investiga a organização e atuação da Rede de Mulheres Negras Evangélicas no Brasil.
A professora é Cientista da Religião, docente efetiva de Ensino Religioso na Secretaria Municipal de Educação de Parauapebas/PA, é militante do movimento negro e coordenadora do Instituto Ramagem.
Na sua pesquisa é realizada uma netnografia da Rede, ou seja, analisa nas redes sociais na internet as formas de interação e as motivações que mobilizam mulheres pretas de igrejas evangélicas, sobretudo, no contexto da pandemia da Covid-19.
Neste corte que apresentamos aqui, fica a provação de uma reflexão sobre um tema tão atual e com raras abordagens científicas. É de se esperar uma futura publicação de livro. 

Mametu Nangetu participa do Encontro da Nova Consciência 2023



Em sua 32ª edição, ocorrendo de 16 a 21 de fevereiro com transmissões ao vivo pelo Youtube, o Encontro da Nova Consciência contará com a participação da sacerdotisa afrorreligiosa Mametu Nangetu, de Belém do Pará, que também compõe o Comitê Inter-Religioso do Pará e é referência nacional na luta contra o racismo religioso.

Vamos acompanhar esta importante roda de diálogo e saberes que acontecerá na segunda-feira, dia 20/02, às 16h, com o tema "O respeito e a reverência ao Sagrado podem unir e reconciliar as diferenças", em mesa virtual composta por:
- Mãe Leila Lima (DF), (Umbanda - Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino – OICD/URI Brasília);
- Mam'eto Nangetu (PA) (Mansu Mansumbandu Keke Neta - Candomblé Angola);
- Mam'etu Zaze Leuacy (DF), (Abassá de Iansã - Candomblé Nação Angola);
- Iyá Lúcia Omidewá (PB) (Ilê Axé Opô Omidewá - Candomblé Ketu).


Saiba mais sobre o evento aqui no site do Nova Consciência.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Feliz ano velho: SEDUC tenta iniciar o ano letivo 2023 sem estrutura e sem professores/as.

 
Um local com paredes, quadro, mesas e carteiras escolares não se torna uma escola por si, mesmo que receba nome, CNPJ e seja inaugurada com pompas por um engravato cercado de bajuladores e incompetentes a aplaudir. Não, isso não tem poder para gerar uma escola.

Pra ser escola precisa de gente, comunidade, relações humanas que se dão no encontro, nas diferenças e até mesmo divergências. E isso não se dá no tempo-cronômetro nem com pessoas-números, mas sim no tempo-história, onde figurantes se tornam protagonistas da própria cidadania, e com pessoas-humanas, ou seja, sujeitos, gente com aspirações, sentimento e sentido.

Neste dia 13 de fevereiro de 2023, quando se inicia ou deveria se iniciar o ano letivo da rede estadual do Pará, a comunidade da EEEM. Cecília Meireles, tendo a frente sua diretora profa. Rozete de Moraes, ministra sua aula inaugural coletivamente com maestria, acolhendo os/as estudantes e abrindo um canal de diálogo sobre o estado da educação pública, com ênfase no caos que ocorre no município de Parauapebas. Logo, erra quem diz que não está tendo aula ou que as aulas foram suspensas. Pois, está ocorrendo aula sim, uma super aula pública de cidadania, de luta por direitos, de Política (isso mesmo, com o P maiúsculo).

É um absurdo que o governo do Estado tenha comprado um prédio imenso e criado uma nova escola, mas, por incompetência da gestão superior da SEDUC, ainda haja confusão e falta de vagas para o Ensino Médio na cidade. São dezenas de denúncias no Ministério Público do Estado do Pará, mas, lamentavelmente, sem uma resposta satisfatória da SEDUC.

Outro problema é a falta de professores/as. São vários documentos enviados para a Sede clamando para que se resolva o problema de escolas sem aulas. Por exemplo, Filosofia. Em todas as escolas de Parauapebas há falta de professor/a de Filosofia em pelo menos um turno porque o setor que gerencia o PSS (CPSP - Coordenadoria de Promoção e Seleção de Pessoal), por mero capricho burocrático, não habilitou as pessoas que têm direito, que foram aprovadas no seletivo e que apresentaram a documentação corretamente.

Ainda bem que superamos a educação tradicional, senão, nesta sala de aula da vida real que a escola Cecília Meireles promove com sua resistência, veríamos envergonhados e de castigo no canto da sala usando o chapéu com orelhas de burro o governo do Estado e a gestão superior da SEDUC (a passada e a atual). 

Abaixo, o vídeo da diretora Rozete de Moraes para o governador Helder Barbalho.


Prof. Tony Vilhena - Cientista Político