quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

MPF processa os radialistas Nonato Pereira, Jimmy Night e a Rádio Marajoara por xenofobia e discurso de ódio contra indígenas Warao

Foto de Nonato Pereira: Blog Neemias Cordeiro

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública contra a emissora de rádio Marajoara, responsável pela rádio Mix FM, em Belém (PA), e contra os radialistas Raimundo Nonato da Silva Pereira e Hailton Pantoja Ferreira pela veiculação de discurso de ódio, preconceito, discriminação e xenofobia contra os indígenas da etnia Warao, originários de onde hoje é a Venezuela.

O programa citado na ação foi ao ar em agosto de 2018. Em alguns minutos de conversa entre o locutor Nonato Pereira e o repórter Hailton Ferreira, o Jimmy Night, diversas vezes os indígenas foram chamados de "vagabundos", entre outros preconceitos e ofensas.

O MPF pediu à Justiça que seja determinada a veiculação pela rádio, por pelo menos um ano, de conteúdos propostos pelos próprios Warao, além do pagamento, pela empresa e pelos radialistas, de R$ 300 mil em indenização por danos morais coletivos aos indígenas.

 Separamos aqui apenas um trecho do diálogo entre os radialistas, quando eles avaliam a situação dos Warao em Belém:

-  Jimmy Night:  [...] Nonato, que a saída seria pegar uma dessas ilhas aqui! Levar todas essas pessoas. Porque eles gostam de viverem lugares abertos perto de rios. São índios! Então não pode colocar dentro de casas.

- Nonato Pereira: Eles não querem nada. Eles não querem nada com nada. Eles querem ficar na vagabundagem, rapaz! Eles querem ficar na vagabundagem pelas ruas de Belém, 'pow'! Não vê ai que apareceu gente oferecendo moradia, oferecendo uma série de outras coisas para os camaradas  viverem como viviam na tribo.  É uma cambada de índio vagabundo, rapaz!  

Vale lembrar que Nonato Pereira já foi preso por fraudes à licitações no município de Vitória do Xingu, é condenado por injúria e difamação e responde por outros processos criminais. Mas, mesmo assim, tem a audácia de se apresentar como a palmatória pública da moralidade, típica dos picaretas do conservadorismo que estão ditando os rumos do Brasil atual.

Com informações do site do MPF
Com foto do Blog Neemias Cordeiro

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Minicursos sobre os 150 anos da Ciência da Religião de Max Müller


Valor dos minicursos:
Cada minicurso: R$ 30,00 (por pessoa).
Se fizer os dois minicurso: R$ 40,00 (por pessoa).
Desconto de R$ 10,00 para membros/as da ACREPA e para graduandos/as em Ciência da Religião.

Minicursos:
1º "Ciência da Religião de Max Müller: sua importância na pesquisa acadêmica"
Data: 16.12.2020, às 19h (horário de Brasília).

2º "Ciência da Religião de Max Müller: transposição didática para a sala de aula"
Data: 17.12.2020, às 19h (horário de Brasília).

Link para inscrição: https://forms.gle/rick2dZytYAPL9ty8

Link de transmissão: será realizado via Meet e o link será enviado para os e-mails de quem fizer a inscrição.

Palestrantes do 1º minicurso:
Dr. Waldney de Souza Rodrigues Costa. Graduado em Ciências Sociais (UFJF). Mestre e Doutor em Ciência da Religião (UFJF). Co-fundador do Conacir. Professor e Chefe do Departamento de Ciência da Religião da UERN.
Esp. Pedro Rodrigues Camelo. Licenciado em Ciência da Religião (UERN). Graduado em História (UFRN). Graduando em Letras - Língua inglesa (UFRN). Especialista em Ciências da Religião (UERN).
Me. Nestor Pinto de Figueiredo Júnior. Bacharel em Ciência da Religião e Graduado em Letras (UFPB). Especialista e Mestre em Letras (UFPB). Doutorando em Ciência das Religiões (UFPB). Docente efetivo na rede pública do Estado da Paraíba. Atualmente, desenvolve trabalho de pesquisa em epistemologia, teorias e métodos na Ciência da Religião (Religionswissenschaft).

Palestrantes do 2º minicurso:
Dr. Fábio L. Stern. Especialista em Ciência da Religião (PUC-SP). Mestre em Ciência da Religião (PUC-SP). Doutor em Ciência da Religião (PUC-SP). Graduando do Curso de Licenciatura Plena em Ciências da Religião pela UFSM. Estagiário no PPG em Ciência da Religião da PUC-SP pelo Programa Nacional de Pós-Doutoramento da CAPES. Cofundador do Seminário de Ciência da Religião Aplicada, o único evento acadêmico do Brasil que discute especificamente a empregabilidade de pessoas formadas em Ciência da Religião.
Dr. Matheus Oliva da Costa. Membro da ACREPA. Licenciado em Ciência das Religião (UNIMONTES). Mestre e Doutor em Ciência das Religião (PUC-SP). Co-fundador do Seminário de Ciência da Religião Aplicada. 
Esp. Anderson Ferreira Costa. Ex-presidente da ACREPA. Licenciado em Ciência da Religião (UEPA). Especialista em Metodologia do Ensino Religioso (UNINTER). Professor de Ensino Religioso da Secretaria Municipal de Educação de Belém (SEMEC) e da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua (SEMED-Ananindeua/PA).


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Livro sobre fundamentalismo religioso será lançado no dia 23 de novembro e disponibilizado gratuitamente


O Observatório Transdisciplinar das Religiões no Recife convida para o lançamento do livro “Desafios dos fundamentalismos”. Evento transmitido pela internet, pela Plataforma MEET (clique aqui para participar), na próxima segunda-feira, dia 23 de novembro, às 16h.

Aguardamos ansiosamente o livro, pois será usado nas formações promovidas Instituto Ramagem.

O Observatório Transdisciplinar das Religiões no Recife é, na Universidade Católica de Pernambuco, UNICAP, um espaço de extensão acadêmica criado pela equipe de pesquisa do professor Gilbraz Aragão, articulando conteúdos e atividades, presenciais e na internet, com o objetivo de analisar os fatos relacionados com os encontros e desencontros entre as religiões na região, procurando promover o diálogo intercultural e inter-religioso.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Ouça o programa Chocolate Quente


Imagina poder ouvir um programa de rádio diferente.

Que toque o melhor da música negra.

Apresentado pela cantora Paula Lima, que faz uma invejável pesquisa para montar cada programa.

Este programa é o Chocolate Quente, que vai ao ar ao vivo às terças-feiras, 20h, na Rádio Eldorado FM. Mas pode-se ouvir o programa a qualquer momento no link abaixo.

https://eldorado.estadao.com.br/programas/chocolate-quente

NER convida para palestra "Caminhos e dilemas da religião no mundo de hoje", com Carlos Rodrigues Brandão

 

O NER - Núcleo de Estudos de Religião “Carlos Rodrigues Brandão” - vem anunciar o próximo encontro on-line durante o período de distanciamento social, enquanto perdura a pandemia da COVID 19.


Nesta quarta-feira, 18 de novembro, às 17h, receberá o pesquisador Carlos Rodrigues Brandão para a conferência intitulada “Caminhos e dilemas da religião no mundo de hoje”.

O encontro será ao vivo no canal do NER no YouTube: www.youtube.com/nerufg.

Acesso o link https://www.youtube.com/watch?v=Y3eS694lKio


domingo, 8 de novembro de 2020

ISER convida para debate sobre religião e eleições

Que novidades há na relação entre igrejas evangélicas e política?

O ISER inaugura um ciclo de três debates sobre Religião e Eleições.

O primeiro, na terça 10/11, as 19h, aborda um tema que desperta atenção e inquietação: Evangélicos pela democracia: o que há  de novo? 

Para conversar sobre o assunto, o evento vai receber Jackson Augusto, do canal no Twitter @afrocrentescast, profa. Magali Cunha - @magalicunha, pesquisadora do ISER, e Joanildo Burity, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco. 

A conversa será mediada pela Christinha Vittal - @christinavitall, antropóloga e professora da UFF.

A transmissão será pelo canal do ISER no YouTube  

https://www.youtube.com/channel/UCxyq3tpqTi6Ii_-nFrTJ0dA

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Conheça e baixe o livro "Religiões, fronteiras e identidades na Amazônia"

A Universidade do Estado do Amazonas - UEA - lançou neste ano o livro digital "Religiões, fronteiras e identidades na Amazônia", organizado pela pesquisadora Clarice Bianchezzi e pelos pesquisadores Diego Omar da Silveira, Marcos Vinicius de Freitas Reis e Adriano Magalhães Tenó.

A obra é um dos resultados do I Simpósio Norte da Associação Brasileira de História das Religiões - ABHR, realizado na cidade de Parintins/AM, em 2017.

Na apresentação, informa-se que do painel sobre diálogo inter-religioso temos os textos das professoras Marilina Serra Pinto e Liliane Costa de Oliveira; do debate sobre Ensino Religioso e Laicidade, as contribuições de  Rosângela  Siqueira  Silva  e  Marcos  Vinícius  Freitas  Reis  (em parceria com Victor Cantuário); da mesa sobre Missões, o trabalho de Monalisa Pavonne Oliveira e um texto cedido pelo indigenista Egydio Schwade.

Já os trabalhos de Fanuel Santos e Douglas Mota Xavier de Lima são das mesas sobre os “500 anos de Reforma(s) Protestante(s) e suas ressonâncias no Brasil” e “O cristianismo entre a Antiguidade e o Medievo”.

Neste link você pode acessar e baixar o livro:  "Religiões, fronteiras e identidades na Amazônia"

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Vem aí a XXIV Semana de Estudos da Religião da Universidade Metodista de São Paulo

De 17 a 19 de Novembro de 2020, o Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião promove a Semana de Estudos de Religião, evento que abordará o tema “Perspectivas Epistemológicas das Ciências da Religião”.

O prazo para inscrição na Semana de Estudos de Religião, tanto para ouvinte quanto para apresentação de comunicação (uma por participante), é até 15 de Outubro de 2020.

Valor: EVENTO ONLINE E GRATUITO.

Interessados em participar e apresentar comunicações científicas voltadas ao tema devem preencher o formulário de inscrição com o resumo da comunicação e o GT desejado (permitido uma comunicação por participante).

ORIENTAÇÕES DAS COMUNICAÇÕES
As propostas de comunicação científica devem conter: descrição da formação e atuação profissional do/a autor/a (máximo de duas linhas), título da comunicação, um resumo de 200 a 300 palavras e 3 a 5 palavras-chave.

Maiores informações em www.estudosdereligiao.com.br  

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Tire os Fundamentalismos do Caminho! Pela vida das mulheres

No última segunda-feira, 17 de agosto, aconteceu a live da campanha "Tire os Fundamentalismos do Caminho! Pela vida das mulheres!", com as participações da Yábassê do terreiro Ylê Obá Aganju Okoloiá, Vera Baroni; a indígena mestre em antropologia, Elisa Pankararu; a teóloga e militante do movimento ecumênico, Romi Bencke; a atriz e produtora cultural, Sílvia Duarte; e a feminista da Articulação de Mulheres Brasileiras, Verônica Ferreira; tudo mediado pela doutora em Teologia e Ciências da Religião, Yury Orozco. O vídeo tem intérprete de LIBRAS.
O objetivo do encontro foi trazer denúncias, resistências e reflexões sobre avanço do fundamentalismo político, econômico e religioso e suas consequências para os direitos fundamentais, sobretudo para a vida das mulheres brasileiras. Para assistir como foi a live, clique aqui.

A campanha "Tire os Fundamentalismos do Caminho! Pela vida das mulheres!" acontece em uma conjuntura de intensificação dos fundamentalismos históricos, disseminação dos discursos ódios e intolerâncias, e ataques às estruturas democráticas.
A ascensão de Jair Bolsonaro à presidência da República, mudou a correlação de forças, marcada por medidas impopulares e a regressão de direitos num governo ultraliberal, fundamentalista e militarizado – que vulnerabiliza as mulheres, sobretudo, as negras, as indígenas, de populações tradicionais, LGBTQI+, entre tantas outras.

Apoie esta iniciativa, acesse a página, acompanhe as próximas ações e participe!

sábado, 15 de agosto de 2020

ACT Aliance convida para seminário sobre religião e direitos humanos na América Latina

Fórum Ecumênico ACT Suramérica promove seminário internacional com o tema Fundamentalismos, Democracia e Direitos Humanos: Fé e Ação por uma vida digna e plena na América do Sul.
O evento será de 19 a 21 de agosto de 2020, às 11h, no horário de Brasília/Brasil.
A transmissão será nos canais no Facebook e Youtube.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Sociologia para luta antirracista



RAÇA possui duas interpretações. Para a biologia: todos e todas somos raça humana, da mesma espécie (Homo sapiens) e subespécie (Homo sapiens sapiens). Mas para a sociologia o conceito de raça pode ser analisado de forma política, como construção social, estudado no campo das identidades sociais.
No dia 31 de julho, Mateus Pires foi agredido por um morador de um condomínio em Valhinhos (SP), quando trabalhava fazendo entregas de refeições.
No dia 06 de agosto, Matheus Fernandes foi agredido por dois policiais à paisana num shopping da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, quando tentava trocar o relógio que comprou de presente para o pai.
A música Mandume, do Emicida, chega ser incompreensível para a gente, mesmo após de muitas audições, pois os referenciais apresentados na obra foram roubados da gente, foram interditados ao nosso conhecimento. Era nosso direito saber quem foi o heroico Rei Mandume ya Ndemufayo, que governou e resistiu aos colonizadores num reino africano entre Angola e Namíbia, em pleno século XX. Mas eu nunca ouvi falar disso na escola.
Prof. Tony Vilhena

Referências:
- RODRIGUES, R. N. As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil. Rio de Janeiro: Guanabara.
- VIANA, Oliveira. Evolução do Povo Brasileiro. 4º ed. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio. 1956.

domingo, 9 de agosto de 2020

Adeus ao bispo da luta do povo: Dom Pedro Casaldáliga

Hoje contemplei o anel de tucum que carrego no dedo anelar direito com profundo pesar. Pois morreu quem me ensinou que este anel significa a aliança com as lutas dos povos oprimidos. Embora tivesse o direito de usar um chamativo anel de ouro por ser bispo da Igreja Católica, responsável pela Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga insistia em usar um anel de tucum.
No filme Anel de Tucum, o bispo afirma que o “anel de tucum é sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas e as suas consequências” (assista o filme no Youtube clicando aqui).
Esse sacerdote espanhol da Congregação Claretiana chegou ao Brasil no final da década de 1960, em plena ditadura militar, e logo viu sua atuação evangélica tocada pelos problemas do país como perseguição política, latifúndio assassino e toda forma de opressão dos ricos às camadas populares.
Como fez Jesus ao denunciar ser mais fácil um camelo passar num fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos céus (Mt. 19: 24), dom Pedro optou pelos pobres e entregou sua vida, sua missão, em projetos como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Imagino sua santa agonia ao ver "representantes" de sua Igreja indo prestar apoio ao governo do energúmeno que hoje senta na cadeira de presidente da República em troca de dinheiro de propaganda governamental nos canais católicos de TV.
Que sua vida de entrega, sua fé radical, sua ternura nos inspirem. As instituições religiosas não podem prender Deus numa redoma e chamá-lo de "seu". Desse Deus da justiça e do bem que dom Pedro falava eu quero ser amigo, companheiro. Como ele disse na poesia E o Verbo se Faz Classe:
"No ventre de Maria
Deus se fez homem.
Mas, na oficina de José
Deus também se fez classe".

Dom Pedro, presente!  

Por : Prof. Tony Vilhena - Cientista Político

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Grupo Fé Cidadã convida para live "Igreja e a violência contra as mulheres"

Neste sábado, dia 08 de agosto, às 20h, o grupo Fé Cidadã promoverá uma live com o tema "Igreja e a violência contra as mulheres".

A convidada para tratar do tema é Ester Leite Lisboa, que é uma das articulistas do movimento Evangélicas Pela Igualdade de Gênero - EIG, também é assistente social, pós-graduada em Gestão de Organizações Sociais e e coordena o Programa Saúde e Direitos na organização social KOINONIA- Presença Ecumênica e Serviço.

Conforme a apresentação no seu site, "a EIG – Evangélicas pela Igualdade de Gênero surgiu em maio de 2015, durante a reunião do Fórum Pentecostal Latino-Caribenho (FPLC), tendo como pretensão de iniciar todo e qualquer trabalho, juntamente com as mulheres protestantes, em especial, as pentecostais e neo pentecostais, unindo forças, trocando vivências, experiências com as demais evangélicas que está há mais tempo nessa caminhada".

Recentemente este assunto foi bastante repercutido, quando a cantora gospel Cassiane lançou um clip no Youtube "espiritualizando" o problema. Após muitas críticas, a produtora da cantora fez mudanças no clip. Contudo, não foi o bastante. A insatisfação foi tanta, que ainda hoje o clip tem mais marcações de "não gostei" que "gostei".

A live será transmitida no Youtube no canal https://www.youtube.com/watch?v=otwo_3iaqck&feature=youtu.be, com mediação do professor Gidalti Guedes, que faz parte do Grupo Fé Cidadã.

Serviço:
Live: "Igreja e a violência contra as mulheres"
Quando: Sábado, dia 8 de agosto, às 20h

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

UFJF convida para três cursos de extensão de Ciências da Religião gratuitos e online


Serão mais três mini-cursos online que aprofundarão temáticas relativas ao estudo acadêmico da religião, conectando-nos neste período de distanciamento social:

✔️ As dimensões religiosas do autoritarismo político (Prof. Dr. Frederico Pieper / Prof. Ms. Andre Yuri / Prof. Ms. Maiara Miguel)- UFJF

✔️ Ensino religioso hoje: por onde começar e o que ensinar? (Profa. Dra. Andrea Silveira de Souza / Profa. Dra. Elisa Rodrigues, com participação das Profa. Ms. Nathália Martins e Profa. Ms. Tânia Oliveira)- REDUGE

✔️ Introdução ao Islam: fontes escriturárias, mulheres e pandemia (Profa. Dra. Francirosy Campos Barbosa)- USP

📢 Aberto ao público! Gratuito! Confere certificado! Vagas limitadas!

Informe-se e garanta a sua vaga em até dois mini-curso(s) de sua escolha pelo link: https://forms.gle/g71KrVE38usck2bC9

Contamos com a sua participação!
Compartilhe com os seus contatos.
Cuidem-se. 😉


Fonte: PPGCIR/UFJF

Sociologia e o conceito de Poder



Título: É o poder!

Olá, turma linda!

Nestes dias um cachorro mordeu a mão do ministro da economia, uma cobra naja picou um jovem riquinho que a polícia suspeita de ser traficante de animais e uma ema bicou o presidente da República. Pronto! É a revolução dos bichos...

Isso fez lembrar desta obra clássica (mostrar no vídeo) do escritor inglês George Orwell, de 1945, que foi traduzida para o português como A REVOLUÇÃO DOS BICHOS. Uma fábula que ironiza o autoritarismo do stalinismo na União Soviética. Vi muitos memes bacanas dessa revolução dos bichos de hoje em dia. Como este

Com entusiasmo saúdo os animais “camaradas” e “revolucionários” que chegaram à mídia, mas, com o devido alerta de spoiler, lembro que a história de George Orwell (A Revolução dos Bichos) não termina tão bem. Pois a chegada ao PODER muda posturas, costumes, opiniões... O PODER é fascinante... O PODER revela a personalidade real dos indivíduos. Como cantaria Caetano Veloso “enquanto os homens exercem seus podres poderes...”. Vejamos a poesia da Karol Conká (“É o poder”).

Para o sociólogo alemão Max Weber, PODER é a capacidade de uma pessoa ou um grupo impor, numa ação social, a própria vontade, mesmo diante da oposição de terceiros.

Por exemplo:

- A atitude infantil do jogador de baralho dono das cartas que resolve ir embora com as cartas quando está perdendo muito, o temor do término da brincadeira pode até mesmo influenciar os demais jogadores a facilitarem a vida do dono das cartas em algumas rodadas.

- Observem como o serviço de segurança pública atua num bairro periférico e num bairro central da cidade.

- O poder pode se refletir na representação política. Veja quantos milionários foram eleitos para o Congresso Nacional nas últimas eleições. E como atuam junto para defender seus interesses, usando recursos públicos que são de todos nós, como, por exemplo, na bancada BBB (Boi, Bala e Bíblia).

Sendo que o poder que vem do dinheiro ou dos bens não é igual ao poder em si.

- Os filhos de Victoria e David Beckham, cantora e jogador de futebol da Inglaterra, não foram bem aceitos numa escola tradicional por não serem considerados “nobres”.

- O Pelé e o Neymar, embora negros, não têm nenhum poder nos movimentos negros que se organizam e se manifestam na internet por igualdade racial, contra o genocídio de negros, porque são famosos e ricos, mas omissos ou tímidos nestes assuntos. E não é raro prestigiarem pessoas com discursos opressores.

Max Weber apresentou três tipos puros de poder:

- O poder legal: quando se age respeitando as leis.

Ex: funcionário que cumpre o contrato; dirigir usando o cinto de segurança; cumprir as normas da escola.

- O poder tradicional: quando se respeita não normas pré-estabelecidas burocraticamente, mas sim a fidelidade e a crença na boa vontade de quem ordena ou lidera.

Ex: o súdito que entrega a própria vida ao Rei ou Reino; obedecer aos pais;

- E o poder carismático: quando se aceita as orientações de pessoas que apresentam dons excepcionais (carisma).

Ex: o fiel que se converte numa religião; as homenagens de Praças e Ruas à pessoas que são reconhecidas por grandes feitos; o eleitor que vota num candidato envolvido emocionalmente por seu discurso.

É isso aí!

E você? Tem poder? O que é empoderamento? Quais são outras teorias sobre o Poder?

Vamos descobrir nos próximos encontros.

Valeu, turma linda. Dê um like aí no vídeo. Compartilhe O Canal Sociologia Pra Você do Prof. Tony Vilhena.

E como eu sempre digo: “estude e não reprove, faça do seu canudo um coquetel molotov”.

 

Referência:

WEBER, Max. Classe, estamento, partido. In: GERTH, Hans e MILLS, Wright (Org.). Max Weber: Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974, p. 211-228.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Convite para live do grupo Fé Cidadã: sábado, às 20h, no Insta. Participe!


O grupo Fé Cidadã é um movimento de evangélicos/as que levantam debates sobre  engajamento frente aos dilemas da realidade social.
Seu primeiro debate promovido virtualmente foi sobre os desafios de exercer a fé cristã e a cidadania nos tempos atuais.
Agora, na sua segunda live, o teólogo e doutor em Ciências da Religião Moisés Coppe vai falar sobre questões trabalhistas.
O bate-papo será neste sábado, dia 11 de julho, às 20h, no Instagram, em https://www.instagram.com/gidalti_prof/. Acesse por aqui.

Moisés Coppe também é escritor, tendo entre suas obras e publicações:
- Crônicas de uma alma "subversiva";
- Juventude na estrada: considerações para uma ação pastoral;
- A casa (e)terna: conversas com Rubem Alves;
- Piedade, responsabilidade e política: história e memória da União Cristã dos Estudantes do Brasil - UCEB.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Série documental "O Olhar Que Vem de Dentro", na TV Brasil

A TV Brasil está exibindo a série documental "O Olhar Que Vem de Dentro", que foi produzida pela Saci Filmes, que é uma produtora amazônica de áudiovisual, com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro (Prodav).

A série está no Facebook - ver taser aqui 

São 13 episódios de 13 minutos de duração que mostram experiências religiosas a partir do olhar de crianças. Os vídeos podem ser muito bem usados em formações sobre diversidade religiosa e em atividades pedagógicas nas escolas, observando a classificação indicativa de 12 anos de idade.

Os diretores envolvidos nesta produção são Pedro Sotero (episódios 1 a 3), Pedro Von Kruger (episódio 9) e Sérgio de Carvalho (4 a 8 e 10 a 13).
Apresentamos aqui a sinopse dos 13 episódios, usando as informações dos diretores:

1º EPISÓDIO - MARIA CARLA, DA JUREMA SAGRADA
Maria Carla, tem 11 anos, mora em Recife e faz parte da Jurema Sagrada, religião de origem indígena do Nordeste do Brasil, que recebe influência das matrizes africanas e do catolicismo popular. Por participar de uma religião que pouco conhecida, Maria Carla sofre intolerância religiosa dos seus colegas da escola. 

2º EPISÓDIO - THALISSON LUIZ, NAGÔ DE PERNAMBUCO
“Eu sou de Xangô, Ogum e Oxum”, assim se define Thalisson Luiz, do Nagô de Pernambuco. Thalisson faz parte de uma religião de matriz africana, isso o coloca na linha de frente de preconceitos relacionados a sua religião, tendo que deixar duas escolas por sofrer bullying e agressão física. Thalisson mostra a diversidade, a crença e a história dos Orixás.

3º EPISÓDIO - LETÍCIA CARVALHO, DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS
Leticia Carvalho é mórmon e faz parte da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Leticia tem 9 anos e conta sobre a origem da religião mórmon e enfatiza a importância do livro dos mórmons como um pilar para a sua religião, o episódio mostra o cotidiano de Leticia e sua família e as tradições mórmons.

4º EPISÓDIO - JOÃO PEDRO, DO BUDISMO KADAMPA
João Pedro tem 11 anos e faz parte do Budismo Kadampa, fundada pelo grande Mestre Budista indiano Atisha (982-1054). João explica se tornou budista por escolha própria e não por influência dos pais. João Pedro é devoto da Buda Tara Verde, Buda feminino que manifesta a sabedoria suprema e é conhecida por ser a Mãe Sagrada, protetora dos perigos imediatos e importante durante o crescimento espiritual.

5º EPISÓDIO - MEL, DO JUDAÍSMO MASORTI
Melissa tem 10 anos é judia e mora em São Paulo. Mel é neta de refugiados da segunda guerra mundial, ela conta a história da chegada de seus avôs no Brasil trazendo as tradições judaicas, a pequena judia e sua mãe mostram os costumes de sua família em relação a alimentação, educação e rituais envolvendo a fé.

6º EPISÓDIO - JOÃO NOÉ, DO SANTO DAIME
Na Comunidade Fortaleza, no município de Capixaba/Acre, mora João Noé de 12 anos que ama e zela pela floresta. João é praticante do Santo Daime, uma doutrina cristã com influência indígena, católica e africana, recebida e edificada pelo Mestre Raimundo Irineu Serra. O episódio mostra ainda o bailado, a farda e os hinos cantados durante o trabalho espiritual.

7º EPISÓDIO - MARIA LUZ, DA ARCA DA MONTANHA AZUL
A Arca é uma religião que adora vários deuses e faz uso da Ayahuasca. Maria Luz mora em Cabo Frio e faz parte da Arca junto com sua família. Maria Luz mora em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e faz parte da Arca junto com sua família. 

8º EPISÓDIO - KATHELLYN, DO CANDOMBLÉ
Kathellyn mora no Rio de Janeiro, ela e sua família fazem parte do Candomblé. Kathellyn mostra todos os Orixás no início do episódio, e no decorrer dele apresenta o barracão que frequenta e os costumes e rituais da sua religião. O Candomblé é uma religião de matriz africana derivada do animismo, sendo um dos principais alvos de intolerância religiosa no país, Kathelyn e sua irmã já foram alvo de agressões na rua. 

9º EPISÓDIO - HARIDAS, DO VAISHNAVA (HARE KRISHNA)
Haridas é praticante da tradição do hinduísmo Vaishnava (Hare Krishna), mora no interior de São Paulo (em Pinhamonhangaba) no Nova Gokula. A tradição Vaishnava começou há mais de 5 mil anos e prega respeito aos seres vivos e não apego a bens materiais. Haridas e sua família contam os ensinamentos do Hare Krishna e mostram seus rituais e costumes que passam de geração para geração.

10º EPISÓDIO - YARA AL-TINAWI, DO ISLAMISMO
Yara é mulçumana, uma praticante do Islamismo, ela e sua família vieram para o Brasil, refugiados da guerra na Síria. Yara apresenta seu cotidiano em São Paulo e como mantém as tradições islâmicas nesse novo contexto de vida.

11º EPISÓDIO - CALINE TEODORO, DA CASA DA BENÇÃO - IGREJA DA FAMÍLIA
O ballet é a vida da Caline Teodoro, bailarina desde criança ela e sua mãe administram uma escola de ballet em Rio Branco, Acre. Caline é evangélica e frequenta à Casa da Benção - Igreja da Família. Através da dança ela reforça sua fé em Deus. A bailarina compartilha seus sonhos nesse episódio e apresenta sua rotina e de sua família.

12º EPISÓDIO - DAVIH, DO CATOLICISMO
Davih e sua família são católicos, seu pai é diácono e ele coroinha. Davih frequenta com sua família uma comunidade católica no bairro Cidade do Povo, em Rio Branco/AC. No episódio é exibido o ritual da Semana Santa, tradição da religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a ressurreição de Jesus Cristo.

13º EPISÓDIO - BUNI HUNI KUIN, DO CENTRO HUWÃ KARU YUXIBU
Buni Huni Kuni tem 8 anos, é do povo indígena Huni Kuin, veio da floresta para morar na cidade de Rio Branco/AC para estudar. Ela faz parte do Centro Huwã Karu Yuxibu criado para estimular o fortalecimento da cultura Huni Kuin na cidade. Buni relata o sentimento de tristeza por estarem destruindo a floresta e narra as diferenças de sua vida na cidade e em sua comunidade indígena.

Com informações da EBC Brasil

Sociologia e a pandemia do Corona Vírus


Prof. Tony Vilhena

Leio aqui as páginas de 1968: o ano que não terminou, de Zuenir Ventura, com os debates daquela época, e penso “será que 2020 também no futuro será conhecido assim, um ano que não terminou? E os debates de hoje com as lives da Anitta, o Big Brother Brasil alongado para agradar a população em quarentena ou os twitters atualíssimos e ativistas do Felipe Neto. 
Bem, já dissemos que a sociologia é uma ciência. O que ocorre é que muitas vezes nós temos uma visão limitada do que é ciência e sobre o que fazem os/as cientistas.
Muitos/as de vocês podem lembrar do cientista como aquela pessoa num laboratório cheio de frascos de vidros, microscópio, uma leve fumaça no ambiente, roupas brancas, óculos e assim vai. O que não está errado. Mas ciência é só isso.
A sociedade moderna com suas rápidas transformações no modo de produzir bens, gerar relacionamentos sociais, buscar soluções para vários problemas de desigualdade necessitou da uma ciência especialista em analisar e propor soluções para estes problemas. A sociologia é, como diz o sociólogo Pedro Demo, na obra Sociologia: uma introdução crítica, “o tratamento teórico e prático da desigualdade social” (1995, p.11).
Pensando nesta pandemia, enquanto outras ciências buscam vacinas, tratamento de infectados com maior eficácia, propostas para salvar a economia, a Sociologia dialoga com todas na busca de explicar o fenômeno, e com os seus métodos pode investigar:
- Por que aumentou o número da violência doméstica?
- Como se agravou superexploração dos entregadores de aplicativos?
- Como grupos sociais reagiram a obrigatoriedade do distanciamento social?
São perguntas as quais a Sociologia, com os seus diversos métodos, pode dar respostas e com isso contribuir para o melhoramento da sociedade.
Quais outras problemas agravados nesta pandemia que você acha que a Sociologia pode pesquisar?

Referências:
DEMO, Pedro. Capítulo 1: Posições básicas. ______. Sociologia: uma introdução crítica. São Paulo: Atlas, 1987. P. 7-38

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Pe. João Maria nos deixa, mas as sementes ecumênicas frutificam

Celebração religiosa pelos 50 anos do Hospital Barros Barreto, em 14/09/2009
Foto: Equipe de Comunicação/HUJBB/UFPA

Recebi ontem, dia 02 de julho, a notícia do retorno do Pe. João Maria Van Doren ao seio da criação. Ele havia retornado do Brasil para a sua terra natal, a Holanda, devido à idade avançada e complicações de saúde, após atuar em Belém desde a década de 1960 nas Paróquias de Nsa. Sra. Aparecida (24 anos) e Santa Cruz (8 anos).
Na foto acima (da esquerda para direita: eu da Metodista, Rev. Marcos Barros da Episcopal Anglicana, Pr. Evandro Andrade da Assembleia de Deus e Pe. João Maria da Católica Apostólica Romana), estamos numa celebração ecumênica de aniversário de 50 anos do Hospital Universitário João de Barros Barreto, em Belém do Pará.
Estes foi um dos encontros ecumênicos que participamos juntos. Mas o primeiro, que eu lembro com ternura e orgulho, foi no auditório do Centro de Evangelização de Nossa Senhora de Fátima numa formação para a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2000, que pedia "um novo milênio sem exclusões". Naquela altura, ele já era uma referência religiosa no estado do Pará. Pois, além de reconhecida atuação em prol do diálogo religioso, dois anos antes ele havia sido refém e figura importante para a resolução de uma sangrenta rebelião no Presídio São José. E eu tremia na base. Ele fez questão de me colocar em local de maior evidência, num gesto de acolhimento e gentileza ímpar. 
A casa que abrigava os religiosos da sua Ordem dos Crúzios ficava na Trav. Barão do Triunfo, mesma rua da Igreja Metodista. Então, facilitava visitas mútuas. Várias vezes o Pe. João Maria pregou na Metodista. Andava com desenvoltura no bairro da Pedreira com sua bicicleta.

Foto: Cláudio Augusto
Foto: Cláudio Augusto
Uma vez fui merendar na sua casa e articular uma celebração ecumênica. Prestei atenção que entre o jardim e o portão da casa havia uma pequena plantação desordenada de feijão e, por mera curiosidade, perguntei quem havia plantado. A história que ele me contou sintetiza sua fé e seu testemunho.
Disse-me o padre que um dia um pedinte tocou a campainha querendo doações. Não havendo ainda comida pronta na casa, Pe. João juntou rápido numa sacola vários gêneros alimentícios e levou para doar. Mas o cidadão atendido ficou muito contrariado, exigindo ajuda somente em dinheiro. Ao ver que não teria o dinheiro, irritou-se com o padre e o arremessou de volta um saco de feijão, indo embora. Ao atingir o padre, o feijão se espalhou no chão, brotou e cresceu. Enquanto eu pensava em vários xingamentos para aquele homem ingrato e imagina como aplicar cada um se eu estivesse lá naquele momento, Pe. João concluiu seu relato dizendo que aqueles pés de feijão eram sinal de evangelho: do amor que leva à doação, mesmo não aceita, não entendida ou não agradecida.
Quantos outros frutos temos hoje do seu trabalho missionário? Tenho certeza que são incontáveis. Nossa gratidão, pe. João, e sua bênção.

Prof. Tony Vilhena
(Ex-coordenador do Conselho Amazônico de Igrejas Amazônicas - CAIC)

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Convite para live sobre Fé Cristã e Cidadania. Dia 20 de junho, às 20h


O Grupo Fé Cidadã é formado por pessoas cristãs de diversas origens denominacionais e regiões do Brasil, tendo como um dos objetivos: acolher quem se sente incomodado/a com a falta de maior testemunho social da sua igreja.
O grupo pretende, ainda, promover discussões sobre temas atualizados numa perspectiva de espiritualidade engajada. E o seu primeiro encontro virtual (no Instagram) trará o debate sobre os encontros da fé pessoal com o sentimento de participação efetiva na vida da sociedade.
Os convidados são os professores:
- Cláudio de Oliveira Ribeiro: Professor-visitante do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião, da Universidade Federal de Juiz de Fora e coordenador para mestrados profissionais da área "Ciências da Religião e Teologia" da Capes. Doutor (2000) e o mestre (1994) em Teologia (PUC/RJ); Graduado no Seminário Metodista Cesar Dacorso Filho-RJ (1985).
- Gidalti Guedes: Professor-Mestre da Universidade Católica de Brasília (UCB), atuado como Coordenador de Cursos de Graduação à Distância (Pedagogia, Filosofia, Letras e PROFORM) e como Professor de disciplinas do eixo de Humanidades. Mestre em Educação (UFRO/2012); Pós-graduado em Teologia e História Metodista (UMESP/2006); Graduado em Teologia (UMESP-2003).

Serviço:
Live na Internet: Fé cristã e cidadania
Sábado, 20 de junho, às 20h
Instagram: @gidalti_prof  clique aqui

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Ética, religião e política em live no Instagram, quinta-feira, dia 14 de maio, às 19h


Nesta quinta-feria, dia 14 de maio de 2020, a partir das 19h, teremos a live no Instagram com o tema "Ética, religião e política".
No bate-papo virtual contaremos com a participação de André Abijaudi (pastor e teólogo) e Moisés Coppe (poeta, teólogo e doutor em Ciências da Religião).
Agende e compartilhe o convite com amigos/as.

terça-feira, 5 de maio de 2020

ABPN convida para live sobre Liberdade Religiosa e Estado Laico. Dia 05 de maio, 19h.


A Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) promoverá neste 05 de maio, terça-feria, às 19h, um bate-papo sobre Liberdade Religiosa e Estado Laico.
Você pode participar acessando o canal do Youtube (clique aqui) e página do Facebook da ABPN (https://www.facebook.com/abpn.org.br/).
Para mediação, teremos a Dra. Anna Benite, atual secretaria executiva da ABPN, militante do Grupo de Mulheres Negras Dandaras no Cerrado. Coordenadora do Laboratório de Pesquisas em Contato Educação Química do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás e Iyawo de Yemanjá do Centro Cultural Ilê Ore.
O convidado especial é o Prof. Dr. Babalawo Ivanir dos Santos, pós-doutorado no PPGHC da UFRJ, militante do Movimento Negro e dos Direitos Humanos, integra o Conselho Estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas(CEAP) e é Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa(CCIR).
Imperdível!!!

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Cerimônia inter-religiosa online vai homenagear vítimas da pandemia e profissionais da saúde

Uma cerimônia inter-religiosa online para homenagear as vítimas da pandemia do novo coronavírus reunirá o Rabino Michel Schlesinger, o Cardeal Arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer, Monja Cohen, Sheikh Mohamad Al Bukai, Mãe Carmen de Oxum e o Pastor Marcos Ebeling.

A iniciativa é da Conib – Confederação Israelita do Brasil (Conib) e acontecerá no domingo, 3 de maio, às 19 h, com transmissão online pelo: https://www.facebook.com/Conib1948/. E no youtube, inscreva-se aqui.

Os religiosos vão homenagear as vítimas da pandemia, rezar pelos infectados, agradecer àqueles que se encontram na linha de frente do combate à epidemia e pedir por mais união e solidariedade.

“O encontro de representantes de várias religiões tem a dimensão da solidariedade. É importante, em momentos difíceis como os que estamos atravessando, manter os canais de diálogo abertos, transmitindo uma mensagem de união”, declarou o presidente da Conib, Fernando Lottenberg.

Para o rabino Michel Schlesinger, “a união de diferentes líderes religiosos neste momento é uma mensagem inequívoca de mobilização em defesa da vida. O vírus não escolhe nacionalidade, cor de pele ou religião. De forma similar, a solução para o desafio que vivemos terá de ser conquistada por meio da colaboração de todos e todas”.

Saiba mais sobre os participantes da cerimônia inter-religiosa:

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer é Arcebispo Metropolitano de São Paulo e Vice-Presidente do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) desde maio de 2019. Possui Bacharelado em Teologia pelo Studium Theologicum de Curitiba; Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (1994-1996) e Doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (1988-1991).

Monja Coen Roshi é missionária oficial da tradição Soto Shu do Zen Budismo e primaz fundadora da Comunidade Zen Budista Zendo Brasil. Foi ordenada monja em 1983 e viveu 12 anos no Japão antes de retornar ao Brasil em 1995. Em 2001 fundou a Comunidade Zen Budista, em São Paulo. Autora de diversos livros, orienta vários grupos no Brasil e participa de diversas atividades públicas promovendo o princípio da não violência ativa e da cultura de paz.

Rabino Michel Schlesinger bacharel em Direito pela USP, é rabino da Congregação Israelita Paulista e representante da Confederação Israelita do Brasil para o diálogo inter-religioso. Ele foi o primeiro brasileiro que estudou rabinato no Instituto Schechter, onde os professores são formados pela Universidade Hebraica de Jerusalém. É autor de “Diálogos de um Rabino – Reflexões para um mundo de monólogos”.

Pastor Marcos Jair Ebeling é bacharel em Teologia pela Faculdades EST de São Leopoldo-RS. É Mestre em Ciências da Religião pela IEPG da Universidade Metodista de São Paulo. É Pastor Sinodal do Sínodo Sudeste da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Sheikh Mohamad Al Bukai nasceu na Siria em 1977, formou-se em Estudos Islâmicos e Árabes e pós-graduou-se em Estudos Islâmicos na Língua Espanhola no Instituto Al Fath em Damasco na Síria, Licenciou-se em Ciências da Religião na Universidade Al Azar no Egito, fez Mestrado em Direito e Política Islâmica na Malásia. Chegou ao Brasil em 2007, foi Fundador e Vice Presidente da Associação Oasis Solidário para Ajuda de Refugiados no Brasil. Atualmente é o Sheikh da Mesquita do Brasil.

Yalorisá Carmen de Oxum Mãe Carmen do Ilê Olà iniciou sua vida religiosa no início dos anos 70, com a Yalorixá Cleide de Osun, da nação Nagô. Em sua iniciação, recebeu o posto de Yákekere, recebendo seus direitos (Oiye) ainda bem jovem. Faz um trabalho social de grande porte e é considerada uma mulher de extrema influência no Brasil inteiro.

Fonte: CONIB

sábado, 25 de abril de 2020

Ministério Público do Pará recomenda emissora de TV se abster da prática de discriminação religiosa


O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da 4ª promotora de Justiça dos Direitos Constitucionais Fundamentais e dos Direitos Humanos, Maria da Penha de Mattos Buchacra de Araújo, expediu Recomendação à Rede Record de Televisão Belém, para que cesse a veiculação dos quadros televisivos que, como no Programa “Balanço Geral”, incorram na prática de discriminação religiosa, com conteúdos discriminatórios e com incitação à violência contra religião.

Em todos os programas exibidos pela Rede Record de Televisão, os editores, apresentadores e seus convidados, devem observar o disposto na Recomendação, quando da elaboração e difusão de seus programas e se abster de praticar intolerância religiosa e de incitar o ódio e o preconceito contra qualquer religião, em especial as religiões de matriz africana.

O documento deve ser divulgado pelos dirigentes da Rede Record TV Belém entre os seus funcionários e colaboradores, para que observem o conteúdo dos programas, antes da veiculação nos meios de comunicação, evitando a propagação de mensagens que atentem contra a igual liberdade de crença de todas as religiões.

Como forma de compensar o dano moral causado a população religiosa ofendida, deve ser aberto espaço na programação da emissora para divulgação da religião, seja nos programas jornalísticos, seja nos programas de entrevistas e variedades, durante o período de 30 dias.

A empresa deverá no prazo máximo de 10 dias informar ao Ministério Público do Estado sobre o acatamento da recomendação e as medidas tomadas para o seu cumprimento.

A medida foi tomada pelo Ministério Público após instauração de notícia de fato em que foram apurados os fatos ocorridos no dia 29 de janeiro de 2020, aproximadamente às 13 horas, em que o Bispo Eduardo Rodrigues, apresentador da Rede Record de Televisão Belém, no programa Balanço Geral, veiculou diálogos ofensivos às religiões de matriz africana, induzindo a discriminação, o preconceito, o ódio e a intolerância religiosa.

“Tal conduta, e outras semelhantes, configuram prática de racismo religioso, caracterizado pela discriminação dirigida às práticas religiosas e às tradições associadas à história e à cultura da população brasileira”, frisa na recomendação a promotora de Justiça Maria da Penha Araújo. 

Fonte: Assessoria de Comunicação do MPPA

terça-feira, 7 de abril de 2020

Anistia Internacional promove palestra online "O que vem depois da crise?"

A primeira sessão “Nova economia, fim da privacidade e polícia médica?” será apresentada pelo cientista político Luiz Eduardo Soares e ocorrerá no dia 09/04, quinta-feira, às 19h.
 

O Brasil e o mundo mudarão fundamentalmente com a experiência de enfrentar uma pandemia global desta proporção. Mas como serão essas mudanças? E como elas afetam os direitos humanos de todos e todas nós?
A Anistia Internacional promoverá uma série de palestras online e interativas envolvendo especialistas em diversos campos para trazer uma importante reflexão neste momento da pandemia da Covid-19 e vislumbrar possíveis arranjos e avanços.
 
Como Participar?
Inscreva-se clicando neste formulário.

Sobre o palestrante:
Luiz Eduardo Soares é mestre em Antropologia, doutor em Ciência Política com pós-doutorado em Filosofia Política. Luiz foi secretário nacional de Segurança Pública e cidadania (2003) e coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do RJ (1999/março 2000). Desde 2012, ele integra o conselho da Anistia Internacional Brasil.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Oficina de defesa contra o racismo religioso para povo de terreiro e entrevista com Mametu Nangetu


No dia 29 de fevereiro de 2020, a partir das 14h, no Instituto Nangetu - Belém/PA, o Movimento Atitude AFRO PARÁ promoverá a Oficina Estratégia de Defesa Contra o Racismo Religioso, que pretende reunir representações de povos tradicionais de matriz africana para o levantamento de formas de autoproteção contra a intolerância religiosa.

Para saber mais sobre o evento, o Instituto Ramagem conversou com a Mametu Nangetu, responsável pelo Mansubando Kekê Neta / Instituto Nangetu, espaço sagrado de manutenção e preservação das manifestações afrorreligiosas de origem Bantu que acolherá a atividade.

Mametu Nangetu é uma das fundadoras do Comitê Inter-religioso do Pará, que reúne diversas tradições e crenças para a promoção de diálogo e luta por direitos humanos. Também já foi Conselheira Nacional de Diversidade Religiosa do Ministério dos Direitos Humanos. Devido aos seus relevantes trabalhos sociais, Mametu Nangetu ganhou o prêmio Mulher Axé do Brasil, em março de 2019, na Bahia, em homenagem prestada pela Mulheres do Axé do Recôncavo Baiano, durante o I Encontro de Mulheres do Axé do Brasil.

Mametu Nangetu (Foto: Facebook - página pessoal)
Ramagem: Mametu, como foi pensada e proposta esta oficina de defesa contra o racismo religioso?
Mametu Nangetu: A importância dessa oficina é ensinar pra nós o que é racismo, o que é intolerância, o que é desrespeito. Muitas vezes o vizinho é intolerante e desrespeitoso e a gente vai dar parte, mas o delegado acha que é briga de vizinho. Muitos dos nossos não sabem do direito. Dar instrução mesmo. Instruir sobre a Carta Magna, Estatuto da Igualdade Racial e, também, trazer o Ministério Público para que o Ministério Público saiba o que é a intolerância religiosa que atinge as nossas casas. É pedra, é vizinho que briga com os nossos toques de tambor, etc.

Ramagem: O que a senhora considera possível fazer de prático para resistir como povo de terreiro e quais são as maiores dificuldades enfrentadas?
Mametu Nangetu: Nós  ainda temos muitas dificuldades. Por mais que a gente ande, ande, ande. Vá para o Ministério Público... sempre o Estado ganha ou um outro ganha. É difícil. Tá muito difícil.

Ramagem: O que a senhora gostaria de compartilhar como as maiores experiências que a senhora teve nestes anos no Comitê Inter-religioso do Pará e como integrante do Comitê Nacional de Combate à Intolerância Religiosa?
Mametu Nangetu: Toda a minha experiência com o Comitê local, e mesmo o Nacional... Lá no Nacional não se fez nenhuma política, por que não se tinha dinheiro e também interesse. Mas a amizade com as outras religiões e o respeito foi fundamental para se sentir fortalecida. Aqui em Belém, nem se fala, deste fortalecimento, dos parceiros, de amigos. Esse último ato que nós tivemos no dia 21 de janeiro [Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa] e foi dentro da Anglicana foi maravilhoso. Agente está dentro de uma igreja... e eu só não levei o tambor porque os meninos daqui estão envolvidos com o carnaval, mas estas possibilidades, esse respeito, esse carinho, esse ajô, ajô quer dizer axé ou ngunzus.

Ramagem: Como a sociedade em geral pode participar da luta contra a intolerância religiosa?
Mametu Nangetu: A sociedade tem que respeitar nosso querer, nosso direito de ter o Deus que a gente quer. Se a gente é feliz no espiritismo, a gente tem que respeitar; se a gente é feliz no catolicismo, no protestantismo, na Anglicana, Luterana, Presbiteriana, todas as outras, no Santo Daime, na Wicca, nos terreiros... Nós temos por obrigação conhecer e respeitar o outro. Que as intolerâncias também partem do desconhecimento. Que a gente é desrespeitado como ser humano. A gente é desrespeitado dentro do ônibus porque é como se fosse um "câncer" a gente ser de terreiro, se a gente vai vestido com as nossas contas, nossa roupa branca, ninguém quer sentar perto da gente. Então, fundamental é o respeito de um pelo outro.