terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ato lembra combate à intolerância religiosa

Ato lembra combate à intolerância religiosa (Foto: Reprodução Comitê Interreligioso)
Ato de Combate à Intolerância Religiosa foi realizado na manhã deste domingo (25) na Praça da República (Foto: Reprodução Comitê Interreligioso)

Um ato contra a intolerância religiosa foi realizado na manhã deste domingo (25) na Praça da República e reuniu mais de 150 pessoas de diversas religiões. O evento celebrou o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (comemorado no dia 21 de janeiro) quis chamar a atenção para a importância do diálogo de paz entre as religiões. 

O Ato de Combate à Intolerância Religiosa – que chegou, neste ano, à sexta edição - teve como mote os últimos atentados que mataram aproximadamente duas mil pessoas em Baga, na Nigéria, e doze jornalistas e chargistas na redação da revista francesa Charlie Hebdo. Uma nota de repúdio os ataques foi lida durante a cerimônia.
O evento foi promovido pelo Comitê Interreligioso do Estado do Pará e teve a participação de aproximadamente 24 entidades e 150 pessoas (fora o público que estava na Praça da República).
“A intenção do ato é dar visibilidade a uma ação que pretende promover o diálogo de paz e combater a intolerância religiosa. Buscando fatos que ocorreram na França e na Nigéria, queremos levar para a população de Belém a importância dessa consciência para o âmbito local. Queremos mostrar que existe uma instituição aqui que procura desenvolver esse diálogo entre as religiões”, comenta Roseli Sousa, sacerdotisa da Wicca e uma das coordenadoras do Comitê
(DOL com informações Sancha Luna/RBATV e Comitê Interreligioso do Pará)

Ato reúne 200 pela paz e contra intolerância

Um ato contra a intolerância religiosa reuniu ontem cerca de 200 pessoas na Praça da República, em Belém. O evento lembrou os últimos atentados ocorridos no mundo, que vitimaram duas mil pessoas em Baga, na Nigéria, e 12 na Revista Charlie Hebdo, na França, motivados pela intolerância religiosa. 
Pessoas adeptas de diversas vertentes religiosas pediram paz entre as diferenças de crenças e mais respeito com a prática religiosa individual. “Falar de intolerância religiosa é importante porque é preciso suscitar o respeito no que o outro acredita.
Se eu me sinto ofendido quando alguém invade uma igreja e quebra uma imagem, como aconteceu na Praça Santuário, na Basílica, imagina como outra pessoa iniciante da umbanda se sente quando é proibida de usar seus acessórios dentro de uma escola pública”, comparou Ílziris Miranda, que atua no Comitê Inter-religioso do Estado do Pará e integra o movimento Hare Krishna de Belém.
Movimentos seculares, como o da Igreja Evangélica de confissão Luterana, existente no país desde 1826, mostraram a importância de uma abertura para as minorias da sociedade.
“Temos uma tendência de caminhar juntos com a Igreja Católica nas questões sociais, como é o caso do enfrentamento no campo, mas também buscamos, por exemplo, integrar casais homossexuais na eucaristia”, comentou o pastor Antônio Carlos Teles.
A professora Roseli Sousa, que representa, no evento, a Associação Brasileira de Filosofia de Religião Wicca (AbraWicca), defendeu o diálogo como ponto de partida para o respeito mútuo.
“A gente tem que parar para pensar nos atos contra a religião e buscar o diálogo. A nossa religião celebra a natureza, respeita os símbolos religiosos e luta pelo diálogo para idealizarmos um mundo melhor e de tolerância”, ponderou. 
O Deísmo, um movimento cultural e religioso com origem Celta, também possui em sua essência a busca pela natureza. E o equilíbrio com ela foi a inspiração para que Maíra Faro começasse a participar do movimento há dez anos.
“Acreditamos que fazemos parte da natureza e os atos contra ela trazem efeitos prejudiciais à nossa saúde”. O grupo organizador do movimento é composto por 24 entidades religiosas das diversas crenças. O evento é celebrado todos os meses de janeiro.
(Diário do Pará)

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