terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Igreja da Amazônia: juventude precisa ‘beber’ da Teologia da Libertação

Uma das principais prioridades para a Igreja Amazônica, a juventude encontra na região uma vivência mística única. "A Pastoral da Juventude (PJ) da Amazônia vive na mística da casa, do cuidado, da partilha, de saber que Cristo vive no outro”, explicou Thiesco Crisóstomo, integrante da PJ da Diocese de Marabá (PA), durante a mesa de debate "PJ Latino-americana e a Igreja da Amazônia – inspirações para a juventude”, ocorrido na tarde desta segunda-feira, 19 de janeiro, no 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude em Manaus (Estado do Amazonas).
Divulgação
Ele lembrou que o tema juventude começou a ser tratado como prioridade pelos bispos da região na década de 1970 e ressaltou a importância dos jovens conhecerem sua própria história. "A América Latina é cheia de tantos mundos, que isto não pode ser deixado de lado. É necessário beber da mística latino-americana e da Teologia da Libertação”, comentou, destacando ainda a arte como importante meio de expressão dos jovens.
Também compondo a mesa de debate, irmã Angela Falcheto, religiosa salesiana no Amazonas, ressaltou que o processo de formação da Pastoral da Juventude Latino-Americana não é algo pronto e exige dedicação e comprometimento com os jovens. "É importante estar atento às causas da juventude na região, conhecer a complexidade da realidade juvenil na Amazônia. A Igreja não pode ficar longe dos jovens, precisa estar todos os dias com eles”, comentou.
Dom Sérgio Castrianni, arcebispo da Arquidiocese de Manaus, falou sobre pastorais e a igreja da Amazônia, e a opção para formar comunidades. De acordo com ele, a proposta foi revolucionária e empoderou famílias, dando início também a um trabalho mais forte de preservação ambiental e proteção dos direitos indígenas.
"A primeira característica da nossa igreja é ser uma igreja de comunidade. A Igreja da Amazônia se comprometeu com a questão indígena e ecológica. Outra opção é pelos pobres e juventude, ser uma igreja que se coloca a serviço dos excluídos”, finalizou.

Por Tatiana Félix
Jornalista da Adital

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