quarta-feira, 30 de agosto de 2017

I Colóquio de Cinema, cultura e desenvolvimento sustentável na Amazônia

http://coloquiodecinema.blogspot.com.br/

Um colóquio é um espaço de conversa, de troca de saberes e experiências, é oportunidade de lançar-se uma luz coletiva, sobre um tema de especial importância no intuito de descobrir-se caminhos e criar sinergia para viabilizar as soluções coletivamente descobertas. Um colóquio é materialidade da poética de que um sonho que se sonha só, é apenas sonho, mas sonho que se sonha juntos é solução. 

O coletivos de realizadores articulados na Luxamazonia Produções Cinematográficas, o Instituto Marajó de Cultura e Cidadania e diversas outras entidades parceiras, estão empenhados na realização do I Colóquio de Cinema, cultura e desenvolvimento sustentável na Amazônia. Este evento será realizado na capital paraense e também no Marajó e pretende reunir um amplo leque de atores sociais, das mais diversas áreas de conhecimentos e atuações profissionais, interessados em pensar sobre o cinema como indústria e cultura, e a Amazônia como lócus histórico, cultural e ambiental.
 
Mais informações aqui

sábado, 26 de agosto de 2017

Mensagem da XVII Assembleia Geral do CONIC

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Lema bíblico: É o amor de Cristo que nos move (2Co. 5.14-20) 

Reunidas e reunidos num espírito de encontro fraterno, diálogo, reflexão e oração, na XVII Assembleia Geral do CONIC, realizada em Brasília, nós Delegadas e Delegados das Igrejas membro, Representantes dos Regionais e Estaduais do CONIC e dos Membros Fraternos. Animadas e animados pela promoção da unidade cristã, do diálogo inter-religioso e do cuidado da criação, celebramos conjuntamente os 500 anos da reforma e vivenciamos a comunhão ecumênica.
O tema central da nossa reflexão foi os 500 anos da Reforma da Igreja, revisitada numa perspectiva histórica, teológica e contextual . O objetivo foi compreender a herança comum da Reforma do século XVI para as Igrejas hoje. Constatamos que Lutero não foi um autor isolado do processo reformatório iniciado no seu tempo, mas catalisador de aspirações que há tempos buscavam mudanças eclesiásticas e desencadeou um processo de renovação a partir da volta ao centro da fé cristã: o próprio Cristo, testemunhado pela Escritura.
Motivadas e motivados pela fé comum em Jesus Cristo, Filho do trino Deus, quem salvou a nós, pecadores e pecadoras, e propiciou a justificação por graça mediante a fé, podemos assumir como nossa herança comum da Reforma do século XVI: uma espiritualidade transformadora; uma compreensão de igreja mais bíblica e patrística que equilibre o mistério e o direito, a doutrina e a espiritualidade, a instituição e a profecia; um projeto de missão que afirme processos de diálogo, cooperação e comunhão e uma atuação profética na sociedade. E nos colocamos no caminho do diálogo e da reconciliação, o qual precisa ser percorrido na consciência que a igreja sempre necessita de reformas.
Afirmamos que o diálogo ecumênico e a pesquisa acadêmica nos permitem adotar uma nova perspectiva sobre o Reformador do século XVI. Na postura de um ecumenismo de recepção, de mútuo aprendizado. Concretamente, para estreitarmos as relações entre nossas Igrejas nos propomos: 1) acolher a herança e os compromissos comuns já identificados no diálogo até aqui realizado; 2) expressarmos a nossa vontade ecumênica por uma fé comum cuja expressão central é: “É somente pela graça por meio da fé na ação salvífica de Jesus Cristo, e não com base aos nossos méritos, que somos aceitos por Deus e recebemos o Espírito Santo que renova os nossos corações, nos habilita e nos chama a realizar boas obras”, 3) Possibilitar a criação de estruturas eclesiais mais acolhedoras em nossas comunidades.
Compreendemos que a Reforma não começou e nem encerrou com Lutero. O processo da Reforma é uma volta às fontes no intuito de progredir para o futuro, passando por uma interpretação do presente. Portanto, é um processo continuo do qual também fazemos parte. Precisamos sempre de novo uma conversão pessoal, estrutural e pastoral, em todas as comunidades. Lembremos da importante experiência de Reforma na América Latina do século XX, que uniu cristãs e cristãos de muitas igrejas na luta popular por justiça e libertação, motivadas e motivados pela leitura popular, contextual e ecumênica da Bíblia.
Queremos profundas transformações no processo econômico, político, religioso e cultural que gestem um novo Brasil. E assumimos o dever, como igrejas, de contribuir para que na sociedade na qual vivemos aconteçam as transformações necessárias para a promoção e defesa da vida, da justiça e da paz.
Destacamos especialmente o acolhimento por unanimidade como membro pleno do CONIC da Aliança de Batistas do Brasil, sendo este um sinal visível da unidade que queremos construir permanentemente e constituindo um importante avanço na caminhada ecumênica. E neste sentido queremos proclamar nossa alegria pela inserção de forma, agora oficial, desta igreja irmã em nosso meio.
No espírito do amor de Cristo que nos move, reafirmamos nosso compromisso na busca de uma igreja sempre em reforma e na caminhada e construção da unidade na diversidade.
Brasília, 24 de agosto de 2017.

Assinam:
Igreja Católica Apostólica Romana
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
Igreja Presbiteriana Unida
Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia
Aliança de Batistas do Brasil

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Oficina sobre pluralismo religioso da Fundaj

O dia 24 de agosto foi um dia com muito significado e aprendizado, pois foi realizado no Centro de Ciências Sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará - uma das oficinas deliberativas: diversidade religiosa e direitos humanos, abordando um assunto muito pautado dentro das academias: o pluralismo religioso.

No primeiro momento, foi explanado sobre a intolerância religiosa, liberdade e justiça no Brasil. "É preciso ouvir o outro, para poder ouvir a si". Nesse contexto, fez-se uma breve trajetória de pesquisa na visão da construção da igreja, no qual se refere em relação a salvação do outro, esvaziando o outro e deixando a religião do outro invisível. As ciências sociais tem como propósito desconstruir essas "violências" dentro dos discursos religiosos, com a perspectiva de remexer, reelaborar e construir alternativas para religiões.

Em outro momento, debateu-se os conceitos de pluralismo. Pois o pluralismo religioso é uma condição observada em sociedades nas quais não ocorre a hegemonia de uma única religião, ou a hegemonia religiosa tende a desaparecer. Pode ser considerado uma consequência da democratização das sociedades, que considera todos os sujeitos religiosos como legítimos.
 
Esses encontros estão sendo promovidos pela Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj, objetivando estimular o maior envolvimento entre a sociedade civil, academia, grupos religiosos e agentes políticos em processos de participação social nos sistemas nacionais setoriais de políticas públicas. Desta forma, prevê uma maior interlocução entre pessoas e coletivos que atuam em igrejas, movimentos e organizações sociais, assim como operadores de políticas públicas de direitos humanos, sobre as temáticas de gênero e pluralismo religioso e das relações étnico-raciais.










Texto e fotos: Cristiane Ferreira Corrêa (professora de Língua Portuguesa e Inglesa)
Observadora do Instituto Ramagem

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Fundação Joaquim Nabuco promove Oficinas Deliberativas sobre Gênero e Relações Étnico-Raciais em Belém

O programa institucional “Educação e Relações Étnico-Raciais” da Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj, numa atividade de pesquisa e articulação coordenada juntamente com o Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Universidade do Estado do Pará, realizará, na cidade de Belém (PA), duas Oficinas Deliberativas sobre “Gênero e Relações Étnico-Raciais” (21/08 e 22/08) e duas Oficinas Deliberativas sobre “Pluralismo Religioso e Relações Étnico-raciais” (24/08 e 25/08).
As atividades acontecerão das 9h às 17h, no auditório Paulo Freire, no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da UEPA – Universidade do Estado do Pará – Tv. Djalma Dutra, 156 - Telégrafo, Belém – PA.

Seminário Religião, Política e Ativismo Digital


Neste seminário haverá o lançamento presencial do livro "Do Púlpito às Mídias Sociais. Evangélicos na Política e Ativismo Digital", de Magali do Nascimento Cunha.
Quem desejar pode adquirir o livro ainda pelo preço de pré-lançamento pelo PagSeguro.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Hilário Dickem em Belém


Dia 17/08 (quinta-feira) as 10h na Sala de Defesa do Mestrado em Ciências da Religiao - PPGCR/Uepa (bloco 6 do CCSE, Campus II) Examinador-externo na Banca de defesa da dissertação de mestrado "Se a Juventude viesse a faltar, o rosto de Deus iria mudar: um estudo sa atualidade teológica da Pastoral da Juventude no Regional Norte II da CNBB frente aos seus stakehokders" por Denny Jr C. Ferreira.

Dia 17/08 (quinta-feira) de 14h30 as 18h00 - Mesa-Redonda promovida pelo Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais, Educação e Cidadania na Amazônia - GMSECA, tema: Juventudes e Contemporaneidade. Na mesa representando a Pastoral da Juventude estará o jovem Bruno Costa, coordenador nacional da PJ pelo Norte II.

Dia 18/08 (sexta-feira) de 9h30 as 12h00 no Auditório da Reitoria da Uepa Belém, Aula Magna de abertura do PPGCR/ Uepa com o tema:  Juventudes e Religiao na História Latino-Americana na Perspectiva do Protagonismo.

Dia 21/08 (sábado) de 18h30 as 21h no Retiro das Irmãs Preciosinas em Ananindeua, Roda de Conversa com a juventude, promovido pelo Instituto de Juventude da Amazônia - IJA, PJ da Arquidiocese de Belém com apoio do CEBI/PA.

Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público em geral. Contam com o apoio da Uepa, da PJ da Arquidiocese de Belém, do CEBI/PA e da Casa Magis Belém. Promovidas pelo PPGCR/Uepa, GMSECA/Uepa/Capes/CNPq e IJA.

Convite para Mesa-Redonda promovida pelo GMSECA

Juventudes e Contemporaneidade


Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais, Educação e Cidadania na Amazônia - GMSECA

Na mesa representando a Pastoral da Juventude estará o jovem Bruno Costa, coordenador nacional da PJ pelo Norte II.

Debate NER

Completando 20 anos em 2017, a Debates do NER apresenta em seu número 31 a tradução inédita de "O sagrado na vida cotidiana", de Michel Leiris, com artigos de debate sobre o texto, além de contribuições sobre saúde e turismo.

Clique aqui para acessar o fascículo na íntegra. 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Frente Parlamentar de Liberdade Religiosa é criada no Pará


Diante do crescimento do número de relatos de violência motivadas por questão de fé e crença e a necessidade de monitoramento e afrentamento adequado a este fenômeno, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) criou a Comissão Parlamentar de Liberdade Religiosa.
A primeira tarefa emergente desta Comissão foi promover na noite do dia 09 de agosto o I Encontro de Liberdade Religiosa, ocorrido no Auditório João Batista, na ALEPA. Coube ao presidente da Comissão, Dr. Jaques Neves, a coordenação dos trabalhos que contou com a participação de representações religiosas, parlamentares, autoridades e movimentos  de cultura de paz.
Na mesa de abertura os pronunciamentos foram do Dr. Fabio Nascimento, do Comitê Nacional de Respeito à Diversidade Religiosa (CNRDR) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)/SP; Dra. Maria Aparecida Varanda, Conselheira da OAB-PA, Dr. Emerson Junior, presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB-PA; Fabrício Gama, vereador de Belém; Mametu Nangetu, coordenadora Geral do Comitê Inter-religioso/PA; Tata Kinamboji, dos Povos Tradicionais de Terreiro, Tony Vilhena, coordenador do Instituto Ramagem e Moustafá Assem, da Associação Islâmica de Belém.
Segundo Dr. Jaques, com esta iniciativa, o parlamento paraense demonstra sua preocupação com a preservação do direito de manifestação de todas as religiões. Seu gabinete disponibiliza uma advogada para orientação e acolhimento de pessoas que se sentirem ofendidas no seu direito de culto. Outra contribuição importante na defesa à liberdade religiosa é a comissão específica da OAB paraense, também comprometida em receber vítimas de intolerância para as devidas providências.
Mametu Nangetu Uá Nzambi, sacerdotisa afro-religiosa de Nação Angola, que, além de coordenar o Comitê Inter-religioso do Pará, é titular do Comitê Nacional de Respeito à Diversidade Religiosa (CNRDR), relatou como os povos de terreiro sofrem permanente perseguição de setores do cristianismo que se identificam como de "igrejas pentecostais", ao ponto de seu local de culto já ter sido atacado com pedradas. Mas Mametu também relatou uma bela experiência de diálogo, sua amizade com o pastor da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Antônio Carlos Teles, o pastor Toninho. Inclusive disse que sua participação no evento só foi possível devido à carona do pastor, o que mereceu aplausos da plenária presente.
Em abril de 2017, o Conselho Estadual de Segurança Pública do Pará (Consep) precisou instalar por Decreto e pressão popular um Grupo de Trabalho para acompanhar as investigações de casos de assassinatos e atos violentos cometidos contra integrantes de religião de matriz africana. Já em maio, um relatório relativo à intolerância sofrida pelos povos de matriz africana foi apresentado pela Comissão de Direitos Humanos e Direitos do Consumidor da ALEPA, apontando para o racismo religioso que há na sociedade e no Poder Público. 
Ficou a expectativa de novos encontros e reuniões para tratar de casos de intolerância religiosa no estado. E foi pré-agendado para o dia 22 de janeiro de 2018 uma solenidade especial pelo Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro, conforme a Lei Federal nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007. Este dia A data ficou marcada pelo falecimento da Iyalorixá Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum (BA), que lutou o quanto pode para resistir aos vários ataques fundamentalistas que sofria junto com o seu terreiro.




Texto: Tony Vilhena
Fotos: Facebook do Dep. Dr. Jaques Neves


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

I Congresso Latino-Americano de Educação e Ciência(s) da(s) Religião(ões) (CLAECIR)

Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (FONAPER), dando continuidade ao seu objetivo de acompanhar, organizar e subsidiar o esforço de professores, associações e pesquisadores na efetivação do Ensino Religioso na Educação Básica, vem promovendo, historicamente, em anos alternados, Seminários Nacionais de Formação de Professores em Ensino Religioso (anos pares) e Congressos Nacionais de Ensino Religioso (anos ímpares), em parceria com instituições de ensino superior e demais sistemas de ensino.
Este ano, o FONAPER organiza, em parceria com a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), o IX Congresso Nacional do Ensino Religioso (CONERE), com o tema Conhecimentos Religiosos, Culturas e Educação: tecendo práticas inovadoras.
A novidade em 2017 é a promoção conjunta do I Congresso Latino-Americano de Educação e Ciência(s) da(s) Religião(ões) (CLAECIR), oferecido com o intuito de internacionalizar as ações do FONAPER, por meio do encontro anual de investigadores que atuam na interface entre dois campos inter-relacionados com o Ensino Religioso: Educação e Ciência(s) da(s) Religião(ões).
Os eventos serão realizados nas dependências da UERN entre os dias 19 a 21 de outubro de 2017. O prazo para o envio do Resumo dos Trabalhos para os GTs e das Comunicações de Pôsteres do IX CONERE e do I CLAECIR será de 01/07/2017 até 31/08/2017.
Acesse nosso site: https://doity.com.br/ixconere
https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhjuWLsrNbElncW1ehQcnPk5yw2bm9IPSiakhUTj1W5q2A8M9MrMrt0kPl7dcHed9Xcuw5k7hKvQZ8LkbKnVmZLG4Azm5zJRoNx84GAiDca506jKF-SdqYLY9rGb3yS5ARmbrUyCQGx7kbJQGC55gSdGRvsGAkfUaoz83gH=s0-d-e1-ftContamos com sua presença!
A coordenação

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Assembleia Legislativa do Pará promove I Encontro de Liberdade Religiosa


I ENCONTRO PARAENSE
DE LIBERDADE RELIGIOSA
9 de Agosto – Quarta-Feira, 19:00 horas
Auditório João Batista
Assembleia Legislativa do Estado do Pará

CONVITE
Temos a grata satisfação de convidar representante desta instituição para contribuir com os debates do I ENCONTRO PARAENSE DE LIBERDADE RELIGIOSA, que estará acontecendo às 19 horas do dia 9 de Agosto (quarta-feira), no auditório João Batista, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará.
O evento, organizado pela Assembleia Legislativa e pela Ordem dos Advogados do Brasil, discutirá o tema “Os desafios da Liberdade Religiosa” no campo de atuação das diversas denominações religiosas, instituições e poderes estabelecidos e pretende estabelecer um marco de articulação congregacional e interinstitucional permanente em defesa da Liberdade Religiosa em todo o território paraense e contribuir com o fortalecimento desta causa em nosso País.
Agradecemos pela confirmação da participação de Vossa Instituição, retornando para este e.mail com os seguintes dados:
- Instituição:
- Representante:
- Cargo/Função na instituição:
- Contato telefônico:
- E.mail:

Segue convite em anexo, para ser compartilhado em Vossa instituição.

Cordialmente,

Constantino Pedro de Alcântara Neto
Comitê Assessor do Evento
(91) 98224-2006
Email: constantino.alcantara@gmail.com

Rio terá delegacia especializada para combater crimes raciais e intolerância

O secretário estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, Átila Nunes, recebeu hoje (4) o aval do governador Luiz Fernando Pezão para dar seguimento ao processo de estruturação e criação da Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em conjunto com a Polícia Civil. “O governador autorizou e, agora, a gente vai fazer um trabalho junto com a Polícia Civil para que a delegacia seja criada nos próximos dois meses”.

Átila Nunes destacou a gravidade dos casos de intolerância no estado do Rio de Janeiro. “O que a gente vem percebendo é a profundidade desses casos. São casos, inclusive, como foi o da Casa do Mago, que passam a ser quase uma tentativa de homicídio.” Na última segunda-feira (31), houve uma tentativa de incêndio na Casa do Mago, tradicional centro espiritual localizado no Humaitá, zona sul da capital fluminense. Na quarta-feira (2), criminosos jogaram uma bomba no local.

A transexual Amanda Castro relatou ter sido vítima de agressão transfóbica, no último dia 26. No caso de pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), Átila Nunes salientou que são muitos os casos de agressão séria que “podem, inclusive, levar a óbito a vítima”.

Ontem (3), ganhou repercussão o caso do refugiado sírio Mohamed Ali, que trabalha como vendedor ambulante em Copacabana e foi vítima de intolerância. “Foi agredido de forma não só verbal, mas ameaçado fisicamente”, observou o secretário que vê, nesse caso, até uma agressão psicológica.