terça-feira, 8 de julho de 2014

CCIR pede atenção especial para polícia em investigação sobre terreiro incendiado


Foto: Darlei Marinho/Extra

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) fez pedido a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) de total atenção no caso do terreiro de Candomblé Kwe Cejá Gbé, no bairro Taquara, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que foi invadido e incendiado, por volta de 1h30 da madrugada da última sexta (27).
O representante da Polícia Civil na Comissão, delegado Henrique Pessoa, afirmou que está tomando todas as providências e ratificou o compromisso com o caso. “Já estou fazendo contato com o diretor-geral de Polícia na Baixada, Ricardo Domingues, para que ele solicite, junto à DP de Caxias, atenção especial a essa investigação, pois o chefe de instituição, Fernando Veloso, deu orientações de que qualquer ato de intolerância religiosa seja reprimido de forma categórica”, disse o delegado.
Para o babalawo Ivanir dos Santos, interlocutor da CCIR, a necessidade de achar os responsáveis pelo ataque se faz para que a sociedade tenha respostas contra atos de preconceitos. “Queimaram uma casa de Candomblé. Mas é o que sempre falo: primeiramente, vão para a fogueira Umbanda e Candomblé, mas, depois, vão os outros. É preciso estar atento a atos como esse para que nenhum segmento sofra com discriminações”, afirmou.
Terreiro já havia sofrido ataques
Os adereços, móveis e o teto do segundo andar da casa de candomblé Kwe Cejá Gbé, no bairro Taquara, em Caxias, amanheceram, sexta, transformados em cinza. Segundo a filha de santo Adriana Pedrosa, a casa foi invadida e incendiada. E esta não é a primeira vez. "Nos últimos seis anos, também colocaram fogo em três carros e no andar de baixo da casa. É alguém que conhece os horários daqui, sempre ataca quando não tem ninguém. Pode ser intolerância religiosa", disse.
Os cerca de 40 filhos de santo da casa perderam suas roupas, os temperos e os grãos usados nas festas. Os policiais do 15º BPM (Caxias) e o Corpo de Bombeiros estiveram no local.
Autor: Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR)

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