Título: É o poder!
Olá, turma linda!
Nestes
dias um cachorro mordeu a mão do ministro da economia, uma cobra naja picou um
jovem riquinho que a polícia suspeita de ser traficante de animais e uma ema
bicou o presidente da República. Pronto! É a revolução dos bichos...
Isso
fez lembrar desta obra clássica (mostrar no vídeo) do escritor inglês George
Orwell, de 1945, que foi traduzida para o português como A REVOLUÇÃO DOS
BICHOS. Uma fábula que ironiza o autoritarismo do stalinismo na União
Soviética. Vi muitos memes bacanas dessa revolução dos bichos de hoje em dia.
Como este
Com entusiasmo saúdo os animais “camaradas” e “revolucionários” que chegaram à mídia, mas, com o devido alerta de spoiler, lembro que a história de George Orwell (A Revolução dos Bichos) não termina tão bem. Pois a chegada ao PODER muda posturas, costumes, opiniões... O PODER é fascinante... O PODER revela a personalidade real dos indivíduos. Como cantaria Caetano Veloso “enquanto os homens exercem seus podres poderes...”. Vejamos a poesia da Karol Conká (“É o poder”).
Para o sociólogo alemão Max Weber, PODER é a capacidade de uma pessoa ou um grupo impor, numa ação social, a própria vontade, mesmo diante da oposição de terceiros.
Por
exemplo:
- A
atitude infantil do jogador de baralho dono das cartas que resolve ir embora
com as cartas quando está perdendo muito, o temor do término da brincadeira
pode até mesmo influenciar os demais jogadores a facilitarem a vida do dono das
cartas em algumas rodadas.
-
Observem como o serviço de segurança pública atua num bairro periférico e num
bairro central da cidade.
- O
poder pode se refletir na representação política. Veja quantos milionários
foram eleitos para o Congresso Nacional nas últimas eleições. E como atuam
junto para defender seus interesses, usando recursos públicos que são de todos
nós, como, por exemplo, na bancada BBB (Boi, Bala e Bíblia).
Sendo que o poder que vem do dinheiro
ou dos bens não é igual ao poder em si.
- Os
filhos de Victoria e David Beckham, cantora e jogador de futebol da Inglaterra,
não foram bem aceitos numa escola tradicional por não serem considerados
“nobres”.
- O
Pelé e o Neymar, embora negros, não têm nenhum poder nos movimentos negros que
se organizam e se manifestam na internet por igualdade racial, contra o
genocídio de negros, porque são famosos e ricos, mas omissos ou tímidos nestes
assuntos. E não é raro prestigiarem pessoas com discursos opressores.
Max Weber apresentou três tipos puros de poder:
- O
poder legal: quando se age respeitando as leis.
Ex:
funcionário que cumpre o contrato; dirigir usando o cinto de segurança; cumprir
as normas da escola.
- O
poder tradicional: quando se respeita não normas pré-estabelecidas
burocraticamente, mas sim a fidelidade e a crença na boa vontade de quem ordena
ou lidera.
Ex:
o súdito que entrega a própria vida ao Rei ou Reino; obedecer aos pais;
- E
o poder carismático: quando se aceita as orientações de pessoas que apresentam
dons excepcionais (carisma).
Ex: o fiel que se converte numa religião; as homenagens de Praças e Ruas à pessoas que são reconhecidas por grandes feitos; o eleitor que vota num candidato envolvido emocionalmente por seu discurso.
É
isso aí!
E
você? Tem poder? O que é empoderamento? Quais são outras teorias sobre o Poder?
Vamos
descobrir nos próximos encontros.
Valeu, turma linda. Dê um like aí no vídeo. Compartilhe O Canal Sociologia Pra Você do Prof. Tony Vilhena.
E como eu sempre digo: “estude e não reprove, faça do seu canudo um coquetel molotov”.
Referência:
WEBER, Max. Classe, estamento, partido. In: GERTH, Hans e MILLS, Wright (Org.). Max Weber: Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974, p. 211-228.
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