Ato de Combate à Intolerância
Religiosa foi realizado na manhã deste domingo (25) na Praça da
República (Foto: Reprodução Comitê Interreligioso)
Um
ato contra a intolerância religiosa foi realizado na manhã deste domingo
(25) na Praça da República e reuniu mais de 150 pessoas de diversas
religiões. O evento celebrou o Dia Nacional de Combate à Intolerância
Religiosa (comemorado no dia 21 de janeiro) quis chamar a atenção para a
importância do diálogo de paz entre as religiões.
O Ato de Combate à Intolerância
Religiosa – que chegou, neste ano, à sexta edição - teve como mote os
últimos atentados que mataram aproximadamente duas mil pessoas em Baga,
na Nigéria, e doze jornalistas e chargistas na redação da revista
francesa Charlie Hebdo. Uma nota de repúdio os ataques foi lida durante a
cerimônia.
O evento foi promovido pelo Comitê
Interreligioso do Estado do Pará e teve a participação de
aproximadamente 24 entidades e 150 pessoas (fora o público que estava na
Praça da República).
“A intenção do ato é dar visibilidade a
uma ação que pretende promover o diálogo de paz e combater a
intolerância religiosa. Buscando fatos que ocorreram na França e na
Nigéria, queremos levar para a população de Belém a importância dessa
consciência para o âmbito local. Queremos mostrar que existe uma
instituição aqui que procura desenvolver esse diálogo entre as
religiões”, comenta Roseli Sousa, sacerdotisa da Wicca e uma das
coordenadoras do Comitê
(DOL com informações Sancha Luna/RBATV e Comitê Interreligioso do Pará)
Ato reúne 200 pela paz e contra intolerância
Um ato contra a
intolerância religiosa reuniu ontem cerca de 200 pessoas na Praça da
República, em Belém. O evento lembrou os últimos atentados ocorridos no
mundo, que vitimaram duas mil pessoas em Baga, na Nigéria, e 12 na
Revista Charlie Hebdo, na França, motivados pela intolerância
religiosa.
Pessoas adeptas de diversas vertentes
religiosas pediram paz entre as diferenças de crenças e mais respeito
com a prática religiosa individual. “Falar de intolerância religiosa é
importante porque é preciso suscitar o respeito no que o outro acredita.
Se eu me sinto ofendido quando alguém invade
uma igreja e quebra uma imagem, como aconteceu na Praça Santuário, na
Basílica, imagina como outra pessoa iniciante da umbanda se sente quando
é proibida de usar seus acessórios dentro de uma escola pública”,
comparou Ílziris Miranda, que atua no Comitê Inter-religioso do Estado
do Pará e integra o movimento Hare Krishna de Belém.
Movimentos seculares, como o da Igreja
Evangélica de confissão Luterana, existente no país desde 1826,
mostraram a importância de uma abertura para as minorias da sociedade.
“Temos uma tendência de caminhar juntos com a
Igreja Católica nas questões sociais, como é o caso do enfrentamento no
campo, mas também buscamos, por exemplo, integrar casais homossexuais
na eucaristia”, comentou o pastor Antônio Carlos Teles.
A professora Roseli Sousa, que representa,
no evento, a Associação Brasileira de Filosofia de Religião Wicca
(AbraWicca), defendeu o diálogo como ponto de partida para o respeito
mútuo.
“A gente tem que parar para pensar nos atos
contra a religião e buscar o diálogo. A nossa religião celebra a
natureza, respeita os símbolos religiosos e luta pelo diálogo para
idealizarmos um mundo melhor e de tolerância”, ponderou.
O Deísmo, um movimento cultural e religioso
com origem Celta, também possui em sua essência a busca pela natureza. E
o equilíbrio com ela foi a inspiração para que Maíra Faro começasse a
participar do movimento há dez anos.
“Acreditamos que fazemos parte da natureza e
os atos contra ela trazem efeitos prejudiciais à nossa saúde”. O grupo
organizador do movimento é composto por 24 entidades religiosas das
diversas crenças. O evento é celebrado todos os meses de janeiro.
(Diário do Pará)
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